sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Há momentos na vida, que rogo pragas a mim mesma por ter a capacidade de ouvir em simultâneo o que me estão a dizer e o que o casalinho ao lado está a conversar...

Ontem, como já afirmei, fui aos saldos.
E o meu irmão, que nem é nada dado a compras, é quase ao estalo e mal, vidrou-se numas calças e queria à fina força a opinião mais importante para ele... a minha!
Pois então, entramos na a loja e ele levou-me à presença das ditas. Para grande surpresa, as calças até eram muito giras e empurrei-o para os provadores.
Enquanto esperava do outro lado da cortina, a conversar com a minha mãe, que se juntou a nós, estava, em simultâneo, a reparar na rapariga, nos seu 28 anos (mas daquelas que cheiram a churros e farturas de tão pimba que era) que estava, tal como nós, do outro lado da cortina, a falar para o seu mais-que-tudo e às tantas ele pergunta:
"oh amor, que achas?"
e ela responde "gosto muito! Define-te esses peitorais!" mas com aquele ar maladreco como quem "se não estivesse mais gente aqui, upa upa!"
Eu tentei esquecer, tentei pensar que o que ouvi não tinha passado de imaginação minha e que tudo estaria bem quando saísse dali. Agradeci aos santinhos por o meu irmão se ter despachado nesse momento, e agradeci também por não ver a peça jeitosa que estaria por detrás da cortina, ah... agradeci por não ver a figura que o jovem deveria ter com uma t-shirt (penso eu!) tão justinha que realçavam os peitorais, qual Marco da Casa dos Segredos.
ME-DO!

Sem comentários: