domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fúteis e Inúteis

Andava a vasculhar umas rapariguinhas de 13 ou 14 anos no Facebook (porque eu conheco-as e porque não tinha mais nada para fazer) e pensei que eu com esta idade gostava de me maquilhar e usar roupas extravagantes - posso dizer que tive uma dose elevada de extravagância, pronto - mas posso garantir que tudo o que girava à volta de roupas, maquilhagem e por aí fora era um complemento. Nunca me descuidei na escola, sempre gostei de ser a melhor e ser vista como uma boa aluna, culta, bem educada e interessante, que sabe ser e estar. Raramente me desviei desses parâmetros que delineei para mim. A A. chama-lhe classe. Eu em parte, concordo.
Mas hoje em dia as rapariguinhas de 14 anos já não têm amor próprio. Não têm humildade e muito menos impõem respeito. São vistas como objectos, porque elas querem e porque elas se põem a jeito. Não me incomoda, sinceramente. Cada um faz o que quer e depois leva com as consequências. Mas num desses facebook's, vi uma rapariga que parecia ter uns 28 anos, toda maquilhada - tinha tanta base que dava para tirar à faca e barrar uma baguete inteira - a fazer biquinho e com os dois dedos espetados no ar - a típica foto "hi5" - mini-mini-mini-saia e um top todo decotado a mostrar o sutiã (que mamas ainda não tem, ainda é pequena). Essa mesma rapariga, noutra foto, aparecia com uma amiga (eram iguais em tudo. Nem nisso são originais) e em baixo dizia "Reina-mos em todo o lado". Revolveu-me as entranhas. Se querem ser pêgas, estejam à vontade, mas please, please, please! aprendam a escrever português!
A isto sim, chamo raparigas "fúteis e inúteis" que não passam de roupas e maquilhagem, mas que ao fim do dia, ao tirar todos os efeitos, não sobra absolutamente nada.
Tenho pena que seja esta a nova geração.

P.S.: Nada contra as roupas e a maquilhagem e sapatos e malas (eu dou muuuuito valor a isso), o que não suporto é isso ser, para elas, o essencial e não o complemento.

Sem comentários: