quarta-feira, 7 de março de 2012

Meu dito, meu feito

Hoje fui visitar ao hospital o meu amigo que na segunda-feira teve um ataque. Sei que teve a ver com a cabeça e que já passou um mau bocado, mas infelizmente esse tormento ainda não terminou.
Amanhã ele vai ser operado e estamos todos optimistas. É uma operação complicada, demorada e delicada, mas o João é forte, corajoso e positivo.
Eu e mais 3 amigos fomos ao hospital. Íamos com medo, não sabíamos em que situação ele estava, se estava bem, com dores, se estava triste, ou angustiado. Mas o João manteve-se fiel a si mesmo. É um herói. Tal como eu disse, quando lá chegamos, contou-nos logo que as enfermeiras são "todas boas" e que eram só estagiárias e mais isto e mais aquilo, começou a fazer filmes e a inventar peripécias para nos fazer rir. Nós alinhamos. Eram gargalhadas atrás de gargalhadas e não fosse ele estar numa cama com dois cateteres (um em cada mão) ninguém diria onde estávamos, qualquer um pensaria que estávamos num jantar ou num café a falar normalmente como amigos que somos há anos.
Obviamente que nos contou tudo o que se passou, mas deixou de lado o drama. Acrescentou a graça e a ironia. Diz que quando os enfermeiros da ambulância o foram buscar, de cadeira de rodas, um deles caiu. Ele não tem mais, levanta-se e vai ajudá-lo. O João é assim. Quando as histórias acabaram, continuou a contar piadas e a agradecer imenso por ter os amigos perto dele.
Combinamos um jantar no restaurante dele mal saia do hospital, e quem sabe, dar um passinho de dança na nova discoteca que abriu na cidade.
Há que celebrar a vida e a amizade, e nunca em altura nenhuma isso fez mais sentido.

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