sábado, 31 de março de 2012

Praxe suspensa em Coimbra devido à agressão violenta a duas alunas

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=2395540&page=-1

Praxe suspensa em Coimbra devido à agressão violenta a duas alunas O JN informa-nos de um caso lamentável sobre abuso de poder por parte de um "doutor" da Universidade do Minho para com duas "caloiras" do curso de Psicologia que recusaram ser praxadas por já ser tarde. Foram agredidas com cabeçadas e bofetadas. Tenho muita pena que seja isto que ande nas universidades a tirar a vez àqueles que realmente querem e sabem ser alunos universitários. Tenho muita pena que as praxes se estejam a tornar cada vez mais numa questão de humilhação e de abuso de poder do que de inclusão e integração. Tenho muita pena que quem praxa assim como este rapaz tenha um tamanho grau de inferioridade que seja esta a única forma de provar que afinal até é overpower e que é o maior da aldeia dele, tenho muita pena que muitos caloiros "comam e calem" porque são os "doutores" deles e é a praxe, têm de aguentar. Alguma coisa não está a encaixar muito bem neste cenário, na minha perspectiva.
Não sou de todo contra as praxes, mas uma coisa são praxes, outra são agressões e humilhações. Haverá necessidade disto? Não concordo que acabem definitivamente com esta tradição - que sei que ainda há sítios onde os limites da decência ainda são respeitados - , apenas que passem a controlá-las, que passem a existir limites, que passe a ser um momento divertido tanto para o caloiro como para o "doutor", que haja realmente um intuito de ajuda e de integração e não humilhação.
Os estudantes universitários são muito mais do que isto. Eu quero acreditar que sim.

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