domingo, 26 de agosto de 2012

Enfardamento massivo

Talvez seja a única pessoa que não gosta de McDonald's e que por isso não frequento o dito estabelecimento. Comi apenas duas vezes e apenas por não haver mais nenhuma opção e não fiquei, de todo, fã.
Há uns dois ou três anos atrás vi um documentário "Super Size Me" em que um homem perfeitamente saudável decide, durante um mês comer e beber apenas produtos do McDonald's quer fosse ao pequeno-almoço ou ao jantar, quer fosse um hambúrguer ou uma garrafa de água. Foi sempre acompanhado por médicos que lhe iam diagnosticando a cada dia que passava doenças ou níveis demasiado elevados. Comeu num mês aquilo que os nutricionistas aconselham comer em 8 anos e consumiu, em média, meio quilo de açúcar por dia.
O documentário não relata apenas a sua experiência com o fast-food mas também algumas curiosidades sobre a mais famosa cadeia alimentar do mundo onde denunciam certas políticas e certas maneiras de preparar a comida que não lembram ao diabo. Se tudo o que lá está é verdade, o mundo anda a ingerir veneno e não sabe.
Isto começou porque, como todos sabem, nos EUA a taxa de obesidade, principalmente a infantil, está a aumentar a olhos vistos e tem vindo a alastrar-se para os outros países.

Anyway, aqui está um pequeníssimo resumo legendado em português do documentário que aconselho vivamente a que todos vejam na íntegra - todos devemos saber o que comemos, ou não?


E aqui vai o trailer oficial:


Mas tudo isto porquê?
Não, não estou a fazer má publicidade ao McDonald's e já vão perceber porquê:

Na Quinta-feira, quando as nossas férias tinham infelizmente terminado, saímos do apartamento por volta das 7 da tarde e passamos umas 2 horas em fila até chegarmos a Albufeira para ir buscar um amigo que estava lá à nossa espera. Ora que um dia inteiro a arrumar a casa para que ficasse, se possível, melhor do que o que estava, apenas com uma sopinha no lombo que foi o pequeno-almoço, almoço e lanche, não é fácil e tivemos necessariamente que parar para jantar ou não íamos aguentar a viagem. Mas às 9 da noite apenas as cadeias de fast-food estavam abertas e lá nos dirigimos ao McDrive onde eu nem sequer sabia o que queria pedir mas a fome era tanta que de certeza comia um boi inteiro. Pedi o hambúrguer que já havia pedido há muitos anos atrás numa das duas vezes que lá fui porque sabia que esse não era intragável de todo. Pedi o McRoyal Bacon (boa escolha?) e pelo sim e pelo não - e porque a fome era imensa - pedi uma salada "com cubinhos de pão" como disse ao senhor ao que me perguntou se era a Oceânica e eu disse que sim, sem saber exactamente o que era.
Como estava muito frio lá fora, comi no carro e só vos digo isto: SOUBE-ME PELA VIDA!
Eu sei que também tem a ver com o facto de ter tanta fome que tudo o que comesse parecia um manjar dos deuses. Vim a viagem toda até ao norte a depenicar na salada Oceânica com rúcula e cubinhos de pão recesso sem talheres - usei duas palhinhas sem sujar nada, o que prova a minha destreza a comer - e ADOREI!

Mas as dúvidas persistiram e eu tive de tirar a prova dos nove. Mas afinal o hambúrguer é mesmo bom ou era só a fome a toldar-me o discernimento? Estaria eu rendida ao McDonald's?

Ontem à noite, por volta das 2.30 da manhã, lá fui eu e o meu namorado, completamente surpreendido pela minha proposta, ao McDrive pedir de novo um McRoyal Bacon sem queijo e lá veio ele para o meu colinho.
Gostei, mas não adorei como o de Quinta-feira. Ufa! Talvez me torne amiga do Mc de quando em vez mas fã, isso é que não!

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