quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Hoje fui visitar dois cemitérios com os meus pais.
Tenho família nos dois. Amanhã vou a mais outro, onde também tenho família.
Cheguei à conclusão de que conheço demasiadas campas, demasiados nomes, demasiadas fotografias. Conheço gentes que lá moram há anos, há meses, familiares, amigos, conhecidos, vizinhos, colegas de escola... Conheço quem tivesse morrido de velhice, de doença, atropelado, afogado, novos, velhos, demasiado novos, que deixaram pais e irmãos em sofrimento, namoradas, avós, netos, filhos pequeninos ainda por criar, esposas, maridos, gente que não tinha família próxima e gente de famílias enormes. Padrinhos do meu pai, avós, pais, tios, primos, amigos... Tentei visitar a todos. Os cemitérios não me incomodam, talvez porque sou muito bem resolvida no campo da morte, até porque lidei várias vezes com ela, cedo demais talvez, mas sei que amanhã vai ser um dia duro para aqueles que perderam alguém querido há pouco tempo, ou então os que não perderam há tão pouco tempo quanto isso, mas a saudade não desaparece.
Mesmo que daqui a uns anos deixe de acreditar totalmente em Deus, penso que nunca vou deixar de visitar os meus familiares nos cemitérios, de lhes deixar flores e acender velas, mais que não seja para que eles saibam que nunca me esqueci deles, nem nunca me vou esquecer, e não vou lá apenas no dia 1 de Novembro porque não é só nesse dia que sinto saudades deles.

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