segunda-feira, 15 de abril de 2013

Um pouco de Cultura - Vitória de Samotrácia

No outro dia, em aula, estávamos a ler uns textos quando aparece a expressão "Vitória de Samotrácia". Creio que ninguém conheceu a expressão nem percebeu o significado, o contexto. Perguntei à minha colega do lado, se sabia o que era. Respondeu-me que não. Mas é normal. Eu sei porque estive em Artes - três felizes anos da minha vida, quando estudava aquilo que realmente me faz feliz! Infelizmente, nenhum dos meus colegas da universidade estudaram nessa área, mas quem está "deslocada" sou eu, não eles. A grande maioria estudou letras. Eu estudei a Arte!
Foi triste perceber que ninguém conhecia o nome nem sequer o professor parou para explicar - e logo ele que se acha sempre extremamente culto. Foi triste porque a Vitória de Samotrácia é das minhas esculturas favoritas de entre as esculturas que conheço. Foi o meu "ray of light" desse dia, e passou completamente despercebido ao resto da turma.
A modos que, sei que grande parte de vocês também não tem conhecimento desta grande obra de arte - com toda a legitimidade! Eu também não percebo de política nem economia. Cada um com os seus interesses. Não estou a julgar ninguém. - eu vou mostrar e contar-vos um bocadinho daquilo que sei e que me lembro do meu 10º ano (maravilhoso ano! - suspiro).

Esta é a Vitória de Samotrácia. Andei a ler umas coisas na internet mas prefiro contar-vos aquilo que aprendi, na aula. Lembro-me tão bem e nem apontamentos tenho. Eu disse-vos que adoro esta escultura.
Faz parte do período Helenístico da Civilização Grega, isto é, já faz parte da época de transição para a Civilização Romana, um tempo áureo da arte, apenas ultrapassado pelo Renascimento.
Passemos ao interessante: esta escultura estava na proa de um navio de guerra e era a figura de uma Deusa, que o abençoava.
Apesar de ter sido encontrada em mais de uma centena de pedaços e reconstruída no Museu de Louvre, onde está ainda exposta, a cabeça nunca foi encontrada.
O extraordinário desta escultura é o naturalismo e o realismo, as vestes, os drapeados, o "tecido" molhado sobre o corpo da deusa. Tudo estupidamente perfeito. Esta obra é perfeita, pelo menos para mim.

Está exposta num lugar de destaque no Museu de Louvre, na escadaria e é uma das grandes atrações.

É também a capa de um dos meus livros favoritos de História das Artes. Foi uma prenda de Natal há muito tempo atrás. Aconselho a todos os estudantes ou simplesmente interessados nesta área que adquiram o livro. Tem explicações simples e fáceis de compreender, mas ao mesmo tempo completas e muito fidedignas. Foi um grande companheiro de estudo e continua a ser um grande companheiro nas horas vagas - sim, porque eu gosto de estudar nas horas vagas, mas apenas aquilo que me apaixona.


E está ali a prova, o segundo livro a contar debaixo. Gosto de o ter sempre à mão e debaixo de olho.

Vou tentar, de quando em vez, postar qualquer coisinha sobre a arte no geral, contemporânea ou clássica. É o que eu realmente gosto, e os seguidores que não gostarem assim tanto quanto isso, passam este post à frente, pode ser? ;)
Mas mesmo assim, espero que tenham gostado!

Sem comentários: