sábado, 31 de agosto de 2013

Sobre a Praxe

Depois de ter falado sobre a Universidade e sobre o meu curso, hoje vou falar sobre as praxes. Recebi há algum tempo emails de algumas pessoas que se interrogavam se valia a pena, se não me sentia mal, o que fazia,... enfim, muitas dúvidas. Respondi a cada email na altura, mas achei por bem fazer um post sobre esta temática uma vez que estamos na altura de saírem os resultados das candidaturas, naquela altura em que tudo é desconhecido e assustador e que não temos a certeza de nada. Também é a altura em que mais precisamos de informação e ninguém nos informa, ou quando o fazem, fazem-no mal. Eu sei, eu já passei por isso.
Por esse motivo, não quero que tenham as mesmas dúvidas que eu e não quero que se sintam mal informadas nem obrigadas a fazer nada que não queiram.

Não sei se concordam com as praxes ou não. Nem estou aqui a criticar quem a defende com unhas e dentes nem quem abomina qualquer ato desses. Este post não serve para isso. Serve apenas para vos contar a MINHA EXPERIÊNCIA e a partir daí tiram as conclusões que melhor acharem.

Muitas das vezes, aqueles que odeiam as praxes nunca lá puseram os pés. Acham uma humilhação e uma falta de respeito para com os caloiros, mas nunca estiveram efetivamente no lugar deles para comprovar essa teoria. Não digo que não existam praxes horríveis, ou doutores/engenheiros/arquitetos com sede de poder, uns frustrados que vêem os caloiros como saco de pancada para mostrar aquilo que não são. Mas não tive um único caso desses durante todo este ano. Mas sei que os há.
Tive doutores "maus", que berravam muito, que nos mandavam encher muito, que faziam praxe psicológica, mas esses eram dos primeiros a pagar-nos um copo no fim, ou a perguntar-nos se precisávamos de apontamentos a determinada cadeira e se sim, davam-nos com todo o gosto. Por vezes, punham-nos na reprografia e só nos informavam que estavam lá, nem sequer nos perguntavam se os queríamos. Diziam que fizeram isso com eles e não querem deixar de o fazer aos seus caloiros. Mas nas praxes eram duros connosco.
Das pessoas que menos gostei no início tornaram-se amigas a meio. Saíamos à noite, íamos beber uns copos, dançavamos brasileirada e Linkin Park ou Da Weasel no Bar Académico, apareciam depois do jantares, almoçavam connosco na cantina, iam assistir às nossas apresentações de Técnicas de Expressão e estavam à porta da nossa sala quando tínhamos testes para nos perguntar como tinha corrido. Acham, portanto, que isto não é integração? Acham que os doutores são pequenos monstros de traje? Pois...

As praxes, não vou mentir, custaram-me MUITO ao início. Não pela praxe em si mas pela minha personalidade. Não gostei das primeiras, mas nunca chorei. Nunca. Pensei em desistir, mas na verdade nunca ponderei seriamente essa situação. Ia para a praxe porque tinha de ser e admito que muitas vezes nem sequer me apetecia ir ou não me dava jeito por causa dos milhares de trabalhos que tinha para fazer. Sim, essa é outra questão. Há que saber controlar o tempo e aproveitar cada minutinho porque a praxe continua e os trabalhos têm de ser feitos e entregues a horas. Não vou dizer que não me custou no início, porque custou e muito. Mas sabia que no final ia compensar.
E praxe à chuva e ao frio? Custa o dobro, mas aguenta-se! No fim, compensa.

Bem, há tanto para dizer sobre este assunto... Tanto... A praxe proporcionou-me tantas coisas (muito boas e muito más) que valiam a pena serem todas contadas, mas nunca mais saía daqui nem vocês iriam acabar de ler o post.
A praxe serve para integrar. Ponto. Quando entrei para a universidade não conhecia o sítio, não conhecia ninguém. Os nossos doutores marcaram uma hora connosco e todos apareceram. Eles fizeram-nos uma visita guiada. Levaram-nos aos pontos mais importantes, praxaram-nos, claro está e entregaram-nos o "Código de Praxe". Obrigaram-nos a ler, faziam perguntas. Era naquele livrinho que estavam os nossos direitos, era aquele livrinho que, em qualquer situação, nos poderia proteger. E são eles que nos dão! A praxe bem feita não é horrível como muitos pintam. Não humilha, não pisa. Há uma união entre caloiros e doutores que, quero acreditar, vai durar muitos anos.

No fim custa muito deixar. Custa deixá-los. Custa vê-los ir, com o tricórnio de finalistas. Custa, claro que custa, mas as recordações ficam, as tradições também são passadas e há a certeza de que, quando formos nós a praxar, vamos querer que alguns deles estejam presentes pelo menos uma vez.

Não vou dizer que tenho saudades da praxe. Estaria a mentir. Mas dos meus doutores... Ui.

Se querem um conselho, vão à praxe. Tentem dar uma oportunidade, deixem que os vossos doutores vos ajudem e não respondam mal. Aquilo é tudo uma "brincadeira", ninguém está ali para magoar ninguém, apenas chatear um bocadinho que, como eles dizem, é o que temos de fazer com os professores e mais tarde com os chefes: ouvir e calar. E nisso, a praxe ajudou-me e muito!

Gostava de saber qual era a vossa opinião sobre este assunto. Gostava de saber se estão interessados em participar ou não e porquê. Se tiverem mais alguma questão, estejam à vontade para fazer através do blog, do email stickyandraw@live.com.pt ou através do facebook

Sobre a Universidade 2

A pouco tempo de saírem as colocações para o ingresso ao Ensino Secundário venho através de este meio, que é o mais fácil e rápido, dizer duas coisas:

1. MUITO BOA SORTE a todos os que estão com as vidas pendentes à espera de um e-mail do Ministério da Educação. Eu já estive nessa situação 4 vezes (1ª, 2ª e 3ª fase de 2011 e 1ª fase de 2012) e por isso estou completamente solidária com a vossa ansiedade.

2. Estou aqui para vos ajudar no que puder. Qualquer questão sobre a universidade, sobre alguns cursos, sobre o modo como tudo se processa, e claro, se eu souber, terei muito gosto em responder. Faço isto porque era o que gostaria que me tivessem feito e sei como é difícil ter dúvidas e ninguém saber dar uma resposta em concreto.

Também podem ler o post que eu já escrevi aqui sobre a minha Universidade e o meu curso.


Mais uma vez, muito boa sorte a todos e sosseguem o espírito, vai tudo correr bem.
O melhor conselho: descansem bem agora ;)

Casa Feliz

O meu dia começou cedo. A minha mãe tinha de ir assear a campa da minha avó e eu não perdi a oportunidade de ir com ela, não só para a ajudar como também para escolher as flores.
Adoro o cheiro a florista, adoro as cores, as diferenças entre elas, adoro os contrastes, adoro tudo nas flores. Hoje fomos ao mercado. Entrei lá pela primeira vez e a minha mãe pela segunda. De facto há muito mais variedade a preços muito mais acessíveis do que nas floristas.
Escolhemos as flores. Umas do campo, gosto tanto, daquelas que parece que foram apanhadas há 5 minutos, com cores fortes, alegres e a cheirar a verão! Não demoramos. Trouxemos dois molhos grandes.
Depois de tomarmos o pequeno-almoço e de fazermos uns recados de sábado de manhã, fomos ao cemitério. Nunca foi penoso para mim. Entro naquele sítio como quem entra num parque. Cresci a ir lá uma vez por semana (até cheguei a brincar lá com a minha prima enquanto que a minha avó asseava a campa do meu avô). Agora estão lá os dois, eu já sou crescida e já não vou para lá brincar. Mas não me custa, por isso, não estranhem. Encontramos uma prima e ainda trocamos duas de treta, mais uma amiga da freguesia... Enfim, depois das flores dispostas de forma harmoniosa na jarra, seguimos caminho.
Mas sobraram bastantes - não foi por acaso, claro! Agora moram felizes numa jarra, em cima da consola da minha sala. Se pudesse, tinha flores naturais todas as semanas, um bocadinho em cada divisão. Não precisavam de ser aquelas lindas e caras... Consigo adorar na mesma as flores mais simples do campo...
Todas as casas deveriam ter flores :)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Um pouco de cultura 3 - Frida Kahlo

Há tanto tempo que não escrevo esta rubrica... Estava mesmo com saudades. Já tinha pensado sobre quem havia de escrever. Não foi difícil.
Hoje vou falar da grande Frida Kahlo.
Nasceu no México no início dos anos 90 e faleceu aos 47 anos vítima das inúmeras doenças e acidentes que teimavam escolhê-la. Aos 18 anos tem um acidente de autocarro e é perfurada. Ficou entre a vida e a morte e meses e meses de cama devido a várias cirurgias de reconstrução um pouco por todo o corpo. Foi durante esse tempo que descobriu o seu talento para a pintura. Mas foi quando conheceu e mais tarde se casou com Diego Riviera, também pintor (de murais) que procurou aperfeiçoar a sua arte. Devido a vários abortos e traições do marido (inclusive com a sua irmã), Frida refugiou-se nas telas e pintava a sua realidade de uma forma, digamos, diferente.
Há quem diga que os seus quadros são demasiado violentos, mas ao conhecer a sua história, não podiam ser de outra maneira.
Gosto da arte dela, mas principalmente da sua história que foi inspiração para o filme de 2002 "Frida" que é absolutamente obrigatório! É biográfico e conta toda a sua história. Vejam o trailer em baixo: 

(Capa do filme)


Já vi este filme vezes sem conta e nunca me canso. É maravilhosa a maneira como são contados os problemas, como a sua vida tinha tudo para ser trágica e ela dá a volta e torna-se uma influência e um ícone.

Talvez por achar tudo isto tão inspirador, não compreendo como quase ninguém conhece a sua obra nem sequer o seu nome.

Frida com o seu marido Diego.



Não era uma mulher bonita, mas era exótica e absolutamente extraordinária!






Estas são algumas obras da artista. Na sua maioria auto-biográficas. Claro que são muito subjetivas, há quem adore, há quem odeie, mas na minha opinião, que vale o que vale, depois de conhecermos o seu real significado, nunca mais nos serão indiferentes. Tinha uma professora de desenho que se pelava sempre que eu dizia que gostava desta artista. Dizia-me que ela era uma péssima desenhadora e as suas obras não tinham qualquer valor. Que não era uma artista importante. Está bom de se ver que liguei tanto a isso como quando me disse que a Joana Vasconcelos não era uma artista porque não era ela que aparafusava as panelas. Anyway, para perceberem melhor a sua obra, podem ler vários livros ou ver o filme (o modo mais eficaz e fácil).

Eu tenho um livro pequeno sobre o Realismo. É uma coisa muito simples, muito básica, que dedica duas páginas a um artista deste género. Tanto a Frida como o seu marido Diego estão presentes:




Mas a minha história com a Frida Kahlo não termina aqui. Ela vai estar para sempre ligada a mim porque eu fui batizada com o nome dela.
Calma, não se assustem, não me chamo Frida, muito menos Kahlo (não no B.I.).
Como todos sabem, eu fui caloira no passado ano letivo e participei nas praxes. A t-shirt que usei na primeiríssima praxe foi esta:

Comprei-a na Zara há uns 2 ou 3 anos. Desde que a vi não a larguei. Pelo simbolismo. Sinto-me bem com ela vestida e é muito confortável. O tecido é macio e é fresca. Por tudo isso e muito mais, levei-a, há quase um ano, quando conheci pela primeira vez os meus doutores (praxantes), os meus colegas, a universidade e a própria da praxe.
Passei toda a manhã no anonimato até que a meio da tarde, uma doutora vem ter comigo, linda e calma, muito digna dentro do traje, e ao contrário de todos os outros, não berrou comigo. Perguntou-me se gostava da Frida Kahlo ou se era apenas uma t-shirt que tinha lá por casa. Respondi-lhe que não, que gostava mesmo dela e que comprei a t-shirt por isso mesmo. Falamos um pouco sobre ela. Nem queria acreditar - alguém que conhecia a Frida!!! Inédito! Fiquei ali mesmo a gostar da Marta. Mais tarde, confessei-lhe que tinha andado em artes e ela disse-me que fazia ballet. Pediu-me para lhe fazer um desenho e assim o fiz.
9 meses depois era a altura dos caloiros escolherem os padrinhos. Não hesitei muito. A Ana e a Marta seriam as minhas madrinhas. Supostamente só a madrinha oficial é que pode batizar o afilhado, mas eu quis que a Marta me batizasse e mais, que me desse um nome. Está bom de ver qual foi o que ela escolheu. Assim sou a caloira "Like a virgin" da parte da madrinha Ana (por causa de eu ser mega fã da Madonna) e "Frida Kahlo" por parte da madrinha Marta. Isto foi uma coisa maravilhosa porque amei os meus nomes, tinham significado e não eram, de todo, insultuosos, e para além disso fui uma privilegiada. Tanto quanto sei, sou a única caloira que tem dois nomes de praxe.

Agora percebem a minha ligação com esta artista.
Façam-me o favor de irem espreitar o filme (ainda por cima é um grande filme, vencedor de dois Óscars, um Globo de Ouro e um BAFTA!) e de me dizerem o que acharam deste post. Conheciam a Frida Kahlo? Digam de vossa justiça ;)

Defeitos e feitios


Sou capricórnio. Tenho a personalidade mais fodida que conheço. Sou ambiciosa. Sou perfecionista. Gosto das coisas à minha maneira. Gosto de planear e que tudo corra como previ. Gosto de fazer coisas diferentes, mas, manter sempre uma mini-rotina. Adapto-me bem às situações, sempre o fiz. Sou fria, escondo as emoções e nunca gosto de mostrar que estou mal. Chamam-me otimista, mas sou tudo menos isso quando se trata da minha vida. Consigo suportar muita coisa calada - mortes, doenças, fracassos, desilusões - e consigo sempre dar a volta por cima apenas porque não suportaria que os outros percebessem que estou a perder. Sou má como as cobras para quem merece. Faço tudo a quem me é querido. Prejudico-me, se for preciso, para que os meus estejam bem. Custa-me admitir que errei, mas mais tarde ou mais cedo acabo por fazê-lo. Digo que não gosto de crianças mas não resisto quando elas querem colo ou brincadeira. Emociono-me com os animais e amo a minha Princesa como se fosse um membro da família. Não confio nas pessoas logo no início e tenho tendência a julgá-las - normalmente não me engano, tanto para o bem como para o mal.
Fui passar férias com o meu namorado e com o grupo de amigos dele. Já tínhamos ido o ano passado. Éramos 7. Cinco rapazes e duas raparigas. Eu não sou propriamente amiga deles. Vejo-os algumas vezes quando saio à noite com o meu namorado e vamos até ao café ou à praça, mas fora isso, não temos nenhuma relação de proximidade. Gosto de todos eles à minha maneira. Eles já perceberam que não sou de "conices" e não estava ali para agradar ninguém nem sequer para que me incluíssem no grupo. Apenas fui por ele.
Este ano aconteceu uma coisa chata (entre eles) e eu tinha saído com o Zé. Fomos jantar fora. O T. ligou-lhe a contar a situação e não sabia o que havia de fazer. Tinha a ver com a D. Mal desligou o telemóvel e relatou a situação, eu previ logo o que ia acontecer. Disse que eu era tola, que ela não ia ficar em casa e que ia sair com eles. A questão era se nós também íamos ou não. Eu só lhe disse "A D. não vai. Vai ficar em casa à nossa espera e, por mim, ficamos com ela.". Resmungou entre dentes e disse que não os conhecia e não sabia o que estava a dizer. Nem 5 minutos depois o T. mandou-lhe uma mensagem a dizer que a D. não ia sair de casa e que eles já tinham saído.
Mais tarde, quando contei a situação à D. ela disse-me "Conheces-me melhor do que eles, que estão comigo há anos".
Não era difícil de adivinhar. As personalidades fortes são assim e ela tem uma personalidade dessas. Apenas fez aquilo que eu, na posição dela, teria feito.

Essa noite foi um chamado "abre-olhos" e o motivo pelo qual não gostei assim tanto das minhas férias. Soube de coisas que me magoaram até às entranhas. Soube que me mentiam há tempo demais e a D. descobriu o mesmo.
Hoje, uma semana depois, continuo tão ou mais magoada. Não consigo perdoar. Não consigo esquecer e muito menos voltar a confiar. Sei que tenho uma amiga, uma aliada que me compreendeu e deu-me razão. Admitiu que não era, de todo, a imagem que tinha de mim. Venderam-lhe uma completamente diferente. De que a culpada era eu. Mas ambas sabemos que é o costume - quem ter uma personalidade forte sente sempre isso.

Não gosto de pessoas fracas. Pessoas que não dizem o que estão a pensar. Não confio nelas. E tenho motivos para isso, acreditem.
Ter um feitio destes dá-me muitos problemas, porque não consigo estar calada quando vejo alguma coisa que não bate certo, mas ao menos posso-me gabar de não ser mentirosa nem hipócrita. Não faço nada só porque os outros fazem. Não gosto só porque os outros gostam. Não vou só porque os outros vão. E sinto orgulho nisso.
Quanto mais penso nisto, mais certezas tenho de que a minha personalidade, muito raramente é bem recebida ao início - arrogante, dizem - mas quando se dão ao trabalho de me conhecer melhor e quando há oportunidades de mostrar que não sou tão má como pintam, as pessoas admitem que estavam erradas. E vêem-me como uma amiga.
Por outro lado, os que são "coneiros" e são influenciáveis, podem parecer muito porreiros ao início, mas com o passar do tempo, todos percebem que afinal aquela pessoa não é tão honesta e sincera quanto achavam.
Acho que durante estas férias aquele grupo começou a perceber. Pelo menos, assim espero.

Não sou perfeita, mas ao menos não sou uma cópia.

Ontem foi noite de cinema 15

A minha paixão pelo cinema há muito que é tema de posts neste meu blog. Sempre que vejo um filme que gosto, partilho com vocês e deixo a minha opinião (que vale o que vale). Também vejo outros filmes que nem sempre são grande coisa. Esses encosto para o lado, não vale a pena perder tempo com eles. Mas há alguns que merecem destaque. Hoje acrescento cinco há já vasta lista que vos tenho apresentado.

 "A Minha Semana com Marilyn" era um filme que há muito tinha curiosidade para ver. Sou, como 99% das pessoas, apaixonada pela imagem e pelo carisma da Marilyn e a juntar a esse facto, também sou apaixonada por livros e filmes biográficos. Assim, obviamente que não perdi a oportunidade de ver a bela da Michelle Williams a BRILHAR neste filme.
Não havia ninguém que conseguisse fazer este papel como ela. Aquela doçura, aquela inocência e infantilidade misturada com alta sensualidade e falta de auto-estima foram exemplarmente retratados pela atriz. Não foi por acaso que ganhou o Globo de Ouro.
Que dizer em relação ao filme? Gostei muito. Sabia que a Marilyn sexy e atrevida das fotografias não passava de uma menina insegura, mas nunca pensei que fosse tanto assim. Aqui, essa personalidade dupla é perfeitamente retratada e dá-nos a visão do artista que não quer os paparazzis a segui-lo mas também não quer ser desagradável. Mostra que para uma estrela deste calibre a palavra privacidade havia deixado de existir. Mostra uma paixão bonita. Mostra cenários maravilhosos. Mostra a elegante Judi Dench que esteve - como costume - impecável. Acima de tudo, gostei do filme por retratar uma história real. Sem dúvida que a vida do filme está na brilhante interpretação de Michelle. Confesso que nunca me tinha chamado muito a atenção, mas a partir de agora, vou estar mais atenta à sua carreira.
Para os curiosos nesta personalidade, não podem perder este filme.
P.S. A Emma Watson (que para mim será sempre a Hermione) também participa por alguns minutos e, como sempre, esteve muito bem!

 "Monstro" foi o filme que vi anteontem à noite. Não tinha conhecimento dele até ler um artigo sobre as melhores caracterizações do cinema na Vogue online. E verdade seja dita, não tivesse eu sabido de antemão que a belíssima Charlize Theron participava neste filme, eu muito dificilmente chegaria lá. Talvez chegasse, vá, mas iria duvidar até ao fim. De facto, a caracterização está extraordinária!
Mas passemos ao filme. Esta é uma história verídica sobre uma prostituta que mata os seus clientes e é condenada à morte. Mas a história é contada por dentro. Mostra, sem julgamentos, aquilo que Aileen passou e o que estava a tentar ser. Faz-nos pensar sobre como o nosso meio, a nossa educação e as circunstâncias nos torna melhores ou piores pessoas. Será que as circunstâncias em que nasceu e viveu Aileen (Lee no filme) justificam ou explicam aquilo em que ela se tornou? Eu juro que tive pena dela, e acredito do coração, que tudo o que era preciso para que aquela mulher fosse uma mulher decente era carinho e atenção de alguém maduro e não de uma miúda. Quantas pessoas assim andam por aí a mostrar que precisam desesperadamente de afetos e são-lhes sempre recusados?
Anyway, o título para mim tem agora um significado muito diferente daquilo que tinha antes de ver o filme. Chamar-lhe Monstro não é dizer que ela é um monstro, mas sim uma metáfora em relação ao medo daquela roda gigante que ela conseguiu ultrapassar por amor a Selby (que não é o nome real. Teve de ser alterado por questões legais). Porque uma prostituta consegue adaptar-se às situações por mais difíceis que elas sejam (mais ou menos, o que ela diz). Mas isso das conclusões e das interpretações, cada um tem as suas e não quero estar a influenciar.
As imagens são bonitas de tão horríveis que são. Retratam a pobreza, a decadência em que vivam. A caracterização está incrível como podem ver em baixo:
À esquerda a verdadeira Aileen. Ao meio Charlize durante o filme.
Charlize Theron ganhou, com este papel um Óscar, um Globo de Ouro, um Urso de Prata, entre outros prémios e nomeações.
Um filme imperdível.

"Filadélfia" é um filme de 1993. Há muito que a minha mãe me fala dele, diz que adora e que tem uma história lindíssima. A minha curiosidade falou mais alto e lá fui buscar este filme ao fundo do baú. Não me arrependi de maneira nenhuma.
É a história de um excelente advogado, gay e com SIDA, que é despedido quando a firma para a qual trabalha descobre a sua doença e, mais tarde, a sua orientação sexual. Magoado com a situação, procura um advogado que tenha coragem para levar um processo de discriminação para a frente. O problema é que a empresa acusada é uma enorme potência e ninguém quer aceitar o caso à exceção de um advogado homofóbico.
É durante o processo que os dois homens se tornam amigos e o advogado percebe que a SIDA não se pega com um aperto de mão e muito menos a homosexualidade.
Será que ele ganhou? Não vou dizer, obviamente, mas aconselho-vos definitivamente a ver este filme.
Achei a temática muito idêntica a um dos meus filmes favoritos deste género "Tempo de Matar" com Matthew Mcconaughey, Sandra Bullock e Samuel L. Jackson. O filme fala da discriminação racial e de como os direitos humanos variam, em algumas mentalidades, de acordo com a cor da pele. Também se passa num tribunal e é Matthew o advogado. Têm mesmo de ver!

"As Serviçais" é dos filmes que mais curiosidade tinha para ver na altura que foi nomeado para os Óscars. Tal só aconteceu há uns dias atrás. Mais vale tarde do que nunca.
A história, mais uma vez, fala sobre o racismo, a discriminação e as verdadeiras discrepâncias sociais entre uma raça e a outra. Já perceberam que adoro filmes que falem sobre as mais variadas discriminações e preconceitos, não já? Mas o racismo é aquele que me atinge mais o coração, sou sincera. É aquele preconceito que mais abomino e mais me incomoda (já referi isso quando falei de "Django" aqui). As serviçais, como devem imaginar, são as senhoras de raça negra. As patroas, bem, nem preciso de mencionar, pois não? O filme gira em torno de uma rapariga de boas famílias que tem o sonho de ser jornalista e vai estudar para fora da sua pequena terra onde os brancos são os soberanos. Mais tarde, com o curso tirado, volta a casa e depara-se com certas atrocidades que são feitas à sua frente. As serviçais são as criadas, as amas, tratam de lavar, arrumar, limpar, fazer compras, engomar, ajudar em tudo e ainda são as mães das crianças da casa. São elas que as educam, que as amam e que são reciprocamente amadas (mais do que as próprias mães, que literalmente, não querem saber dos filhos). Em contrapartida, as serviçais não podem usar as mesmas casas-de-banho que os patrões, nem tocar no que eles tocam, nem sentar-se à mesa ou comer o mesmo que eles. Irónico, não é?
Ao aperceber-se de tudo isso, a jovem decide, em segredo, escrever um livro que denuncia todas essas situações. O livro é um sucesso!
Claro que pelo meio acontecem situações muito engraçadas. A minha personagem favorita é Celia Foote, interpretada pela BRILHANTE Jessica Chastain, e quem viu o filme está fácil de perceber o porquê. É a personagem mais bonita de todo o filme, a que mais me emocionou e, muito sinceramente, aquela com que mais me identifiquei. Eu quero acreditar que eu seria aquela mulher se vivesse naquele tempo.
O filme é maravilhoso. Tudo flui naturalmente. Os cenários são impecáveis e retratam a época. E o guarda-roupa senhores? Nota máxima!
A atriz Otavia Spencer ganhou o BAFTA, o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz secundária e foi tão, mas tão merecido!
É, sem dúvida, um filme obrigatório!

"Mestres da Ilusão" foi o último filme que fui ver ao cinema. Adorei. Não sou fã de magia. Não gosto de ver aqueles programas da SIC nem sequer gosto de magia de rua. Não gosto porque não compreendo e tento sempre arranjar uma justificação para o que está ali a acontecer, mas quando descubro, já não acho graça nenhuma porque afinal, era demasiado simples. Sou estranha, eu sei.
Vi o trailer deste filme e fiquei com a pulga atrás da orelha mas contive-me. Uma altura, numa esplanada, um amigo disse-me que já tinha visto e que era dos melhores filmes dos últimos tempos. Falou-me um pouco da história (sem desvendar nada, claro!), falou-me dos efeitos especiais e conquistou a minha curiosidade quando me disse que o fim muda a história toda e que nada é o que parece. Adoro finais inesperados. Daqueles finais que muda o filme todo. Claro que mal pude, fui vê-lo ao cinema.
Acredito que possa ter gostado tanto do filme por tê-lo visto naquela tela gigante, onde os efeitos especiais se tornam ainda mais magníficos e a história ganha uma nova magnitude - literalmente. Verdade seja dita, o fim é inesperado (pelo menos para mim foi!) mas é um bocado questionável, no entanto, continua a ser surpreendente. O que eu mais gostei de todo o filme foi o facto de eles fazerem truques de magia absolutamente geniais e, à partida, impossíveis e mostram como é que são feitos provando que de impossíveis têm muito pouco! O filme tem uma lógica muito interessante e uma história por trás que nos faz querer desvendar o mistério.
Adoro a genialidade da personagem de Jesse Eisenberg (identica a Dr. House, Spencer Reid e Tony Stark, por exemplo) e de toda a dinâmica do filme que nunca cai em monotonismos.
Não é filme para ser galardoado, na minha opinião, mas é excelente na área do entretenimento. Obviamente que aconselho.


E pronto, cá estão os filmes que tenho andado a ver. O próximo será o "Homem de Ferro 3" (já vos contei da minha paixão pela Marvel?) para completar a história que já assisti tanto no primeiro como no segundo filme. O primeiro é beeeeeem melhor que o segundo, mas é sempre assim, não é verdade? Veremos como será o terceiro. Não é preciso dizer que já estou apaixonada pelo Tony Stark, pois não? ;)

Os próximos filmes que quero ver no cinema (ou esperar que saiam em DVD) serão "Jobs", "Diana", "Bling Ring" e "A Gaiola Dourada".

Espero que tenham gostado e se tiverem uma opinião diferente da minha, não hesitem em comentar. Se tiverem sugestões de filmes bons que tenham visto, estou completamente recetiva!

Nova Coleção

Ainda o verão se faz sentir com vigor e a minha cabeça já está na nova coleção. S. Pedro, se me estás a ler, quero que saibas que continuo a querer muito o calor, os dias compridos, a boa onda e as roupas fáceis. Tu vê lá, não te ponhas com coisas.
Assim, decidi dar uma vista de olhos (muito rápida) pelas lojas online e resultou nisto:

H&M
14.95€

19.95€

99€


Mango

79.99€

35.99€

39.99€


Zara

25.95€


29.95€

29.95€

49.95€

39.95€

49.95€

79.95€

22.95€

25.95€

45.95€

49.95€

59.95€

59.95€


Parfois

5.99€

9.99€

19.99€


29.99€

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Looks das férias

Não tendo grande coisa para vos mostrar da segunda parte das minhas férias, reuni quatro fotografias de alguns dos looks que usei durante a noite, nos bares e discotecas.
Não sou grande modelo e as fotografias não ficaram decentes, I'm sorry, mas é o melhor que se arranja.
Espero que gostem :)

1º Look: Vestido Stradivarius; Havaianas, mala Primark, colar que comprei numa feira no Algarve o ano passado.
2º Look: Top Bershka, saia H&M, mala Primark, sandálias Seaside.
3º Look: Vestido Lefties, camisola Lefties, saco Natura, brincos Zara.
4º Look: Vestido Blanco, brincos Stradivarius.

Volta Hannah, estás perdoada!

Confesso que sou fã da série do Disney Chanel "Hannah Montana" e até do filme. Sim, é verdade. Querem algo mais chocante? Tinha um autocolante dela na parte de trás do meu telemóvel... no 12º ano. Problem? Bem me pareceu.

Sempre gostei dela. Sempre. A ingenuidade e a diplomacia com que resolvia os problemas, as lições que ela aprendia e, acima de tudo, gostava dela porque tinha sempre em primeiro lugar a família e os amigos.

Por incrível que pareça (ou não!), nunca gostei da Miley como cantora, ou seja, fora da série. Nem das músicas dela. Assim de repente, conheço o refrão de uma, a "Party in the U.S.A." mas nada mais. Nunca me despertou o mesmo entusiasmo que a sua personagem.

Então quando a miúda me corta o cabelo, bem, eu aí fiquei capaz de a esganar. Era o cabelo que eu mais invejava em Hollywood. Moreno, comprido e encaracolado... Lindo. E ela estraga tudo!
Quando começa a usar aquelas roupas manhosas, pensei "Bom, é o estilo que ela mais gosta. Assim descola-se de vez da Hannah Montana!" mas nunca gostei. Então aí comecei a segui-la ainda menos, ou seja, nada.

Ontem, curiosa com a entrada da Lady Gaga nos VMA's que tomei conhecimento pelo facebook graças à A. a maior fã da senhora, liguei na MTV e fui passando os olhos de quando em vez. Vi a prestação da Lady Gaga, sim. Já vi melhores. Mas também a minha falta de entusiasmo pode dever-se ao facto de eu detestar a nova música dela. Mas adiante, que não é sobre ela que venho falar.
Nem sequer sabia que a Miley iria atuar quando olho para a TV e já a vejo de língua de fora, semi-nua, e a roçar-se em tudo o que lhe aparecia à frente.
Paniquei. Confesso que assisti estupefacta, sem reação. Nem consegui mexer-me para aumentar o volume. Fiquei como a grande maioria das pessoas na plateia:

Havia necessidade de uma coisa destas? Não me parece. É que se ao menos fosse uma coisa provocante mas gira, com humor, com uma mensagem por trás, eu até nem me importava - não fosse eu fã da Madonna. Mas pornografia gratuita não faz sentido para mim. Considero a atuação dela como uma humilhação da qual se vai arrepender daqui a algum tempo e que vai ter muita vergonha em ver.
Eu, se estivesse na plateia, teria ficado muito constrangida e com vergonha alheia... Juro!
Não havia necessidade!

Ela começa o espetáculo aos saltos com os peluches, com um body feito do mesmo material. Sempre com a língua de fora. Mais tarde entra o cantor Robin Thicke e aí ela fica em lingerie cor nude, desencanta uma mão de espuma e vá de assediar o moço como se não houvesse amanhã. Estava à espera para ver quando é que ela ia mostrar uma mama ou meter a mão dentro das cuecas, mas vá que não chegou a tanto...
Roça aqui, roça ali, a miúda fez de tudo menos cantar decentemente, até porque fazê-lo com a língua de fora era um desafio quase impossível.







Um aspeto positivo no meio de tudo isto é que ainda assim, conseguiu ficar mais vestida em palco do que a Lady Gaga.

É caso para dizer: Volta Hannah Montana que estás perdoada!!!