quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Férias 3 - na Avenida da Liberdade

Vivo em Guimarães. Nunca tinha dito explicitamente, mas já tinha referido a minha cidade várias vezes. Mas já que mostrei a minha cara, digo, sou de Guimarães. Já corri muitas cidades do país, principalmente as mais "importantes" e chego sempre à mesma conclusão: eu vivo na cidade mais bonita do país, quem sabe do mundo. Por tudo e por nada. Mas isso é conversa para outro post.

Na viagem do Algarve para Guimarães decidimos fazer um desvio. Fomos a Lisboa, cidade que adoro mas que, infelizmente, não me sinto segura. Já falei da primeira parte da visita aqui e agora vou falar do que fiz a seguir e que há muito tempo estava agendado.

Depois de sair do Palácio Nacional da Ajuda dirigimo-nos à Avenida da Liberdade com o único objetivo de ver as grandes lojas do meu coração. Era domingo e estavam todas fechadas, mas eu não me importei, fiquei felicíssima por estar ali, por estar a pouquíssimos centímetros daquilo que é a minha inspiração, a minha paixão. Foi um grande privilégio que poucos entendem.
Não pensem que sou daquelas consumistas que, se dinheiro sobrasse, entrava nas lojas e comprava uma carteira no valor de 3 salários mínimos. Não. Eu não sou assim, mas não critico quem o seja - quem pode deve fazê-lo!!! O que me dá mesmo prazer na moda não é ter, é namorar. Eu gosto de ir namorar as peças. Gosto de pegar, de as cheirar, de sentir o tecido, de ver as costuras, ler a etiqueta, de as encostar ao meu corpo, quem sabe experimentá-las, olhar o preço e ignorá-lo, pousá-la no cabide e voltar a olhar, voltar a cheiras e a tocar. Dizer-lhe adeus e voltar uns dias mais tarde para repetir o procedimento. Por norma só compro a peça se tiver dinheiro, obviamente (e neste caso falamos de peças da Zara, da Mango, da H&M e assim), e se repetir este meu ritual as vezes suficientes para que eu tenha a certeza de que estou apaixonada por ela. Eu sou apaixonada por cada peça que tenho no roupeiro. Lembro-me do dia em que comprei, em que loja, em que centro e porque o fiz. Gosto de poupar a minha roupa preferida - o que é absolutamente estúpido, eu sei, e estou a tentar contrariar esta tendência.
Como vêem, a minha paixão pela moda não é, de todo, consumista. Não é o comprar por comprar nem o dizer que gosto só por dizer. O que eu gosto mesmo é de namorar as peças e consegui-las por um motivo especial (aquelas mais caras que não se compram em qualquer dia).

Vai daí que talvez possam perceber um bocadinho a minha euforia e felicidade ao subir a Avenida da Liberdade e deparar-me com as lojas que são uma inspiração. Saber que aquelas peças são reais e não estão apenas numas páginas de revista ou nos vídeos dos desfiles no YouTube. Os meus pais não compreendem esta minha adoração - quem é que compreende? - mas tiveram a paciência de dois santos e não me disseram para ir embora apesar do calor abrasador que os estava a maçar. Fui rápida. Tirei as minhas fotos, contemplei um bocado e segui caminho. Acho que as fotos nem ficaram boas devido ao reflexo das montras e à pressa para não abusar da boa-vontade dos meus pais, mas é o que há e o melhor fica guardado na minha cabeça.

Tive a honra de ver com os meus próprios olhos uns Louboutin, uma Antigona da Givenchy, a nova coleção da Prada, a montra da Carolina Herrera, o luxuoso símbolo da Gucci, enfim, vi História e saí dali tão feliz como se tivesse comprado tudo.



E aquele casaco? Minha nossa, o casaco...















E que linda é a fachada da Prada. Que linda mesmo! Tenho pena de não ser percetível nas fotografias.

Amei este look. Lindo, lindo, lindo!










Faltou-me a Loewe e a Stivali mas isso fica para a próxima. Ia mesmo na esperança de encontrar a Chanel mas em contrapartida encontrei Louboutin, coisa que nunca me teria passado pela cabeça! Foi um privilégio.

Eu sei que podem achar que fui uma parola da terrinha a tirar fotos àquilo que certamente muitos vêem todos os dias. Mas eu não me importo. Eu nunca tinha passado por ali a pé e foi uma enorme honra e um privilégio. E se eu vivesse em Lisboa, havia de correr aquela avenida pelo menos uma vez por semana e, quem sabe, entrar nas lojas uma vez ou outra - só para ver, claro!

Depois de ver a arte da Joana, fui ver outro tipo de arte e amei ambas.

E vocês gostavam ou não apreciam de todo estes criadores? Gostava de saber a vossa opinião :) Podem fazê-lo nos sítios do costume.

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