quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ontem foi noite de cinema 15

A minha paixão pelo cinema há muito que é tema de posts neste meu blog. Sempre que vejo um filme que gosto, partilho com vocês e deixo a minha opinião (que vale o que vale). Também vejo outros filmes que nem sempre são grande coisa. Esses encosto para o lado, não vale a pena perder tempo com eles. Mas há alguns que merecem destaque. Hoje acrescento cinco há já vasta lista que vos tenho apresentado.

 "A Minha Semana com Marilyn" era um filme que há muito tinha curiosidade para ver. Sou, como 99% das pessoas, apaixonada pela imagem e pelo carisma da Marilyn e a juntar a esse facto, também sou apaixonada por livros e filmes biográficos. Assim, obviamente que não perdi a oportunidade de ver a bela da Michelle Williams a BRILHAR neste filme.
Não havia ninguém que conseguisse fazer este papel como ela. Aquela doçura, aquela inocência e infantilidade misturada com alta sensualidade e falta de auto-estima foram exemplarmente retratados pela atriz. Não foi por acaso que ganhou o Globo de Ouro.
Que dizer em relação ao filme? Gostei muito. Sabia que a Marilyn sexy e atrevida das fotografias não passava de uma menina insegura, mas nunca pensei que fosse tanto assim. Aqui, essa personalidade dupla é perfeitamente retratada e dá-nos a visão do artista que não quer os paparazzis a segui-lo mas também não quer ser desagradável. Mostra que para uma estrela deste calibre a palavra privacidade havia deixado de existir. Mostra uma paixão bonita. Mostra cenários maravilhosos. Mostra a elegante Judi Dench que esteve - como costume - impecável. Acima de tudo, gostei do filme por retratar uma história real. Sem dúvida que a vida do filme está na brilhante interpretação de Michelle. Confesso que nunca me tinha chamado muito a atenção, mas a partir de agora, vou estar mais atenta à sua carreira.
Para os curiosos nesta personalidade, não podem perder este filme.
P.S. A Emma Watson (que para mim será sempre a Hermione) também participa por alguns minutos e, como sempre, esteve muito bem!

 "Monstro" foi o filme que vi anteontem à noite. Não tinha conhecimento dele até ler um artigo sobre as melhores caracterizações do cinema na Vogue online. E verdade seja dita, não tivesse eu sabido de antemão que a belíssima Charlize Theron participava neste filme, eu muito dificilmente chegaria lá. Talvez chegasse, vá, mas iria duvidar até ao fim. De facto, a caracterização está extraordinária!
Mas passemos ao filme. Esta é uma história verídica sobre uma prostituta que mata os seus clientes e é condenada à morte. Mas a história é contada por dentro. Mostra, sem julgamentos, aquilo que Aileen passou e o que estava a tentar ser. Faz-nos pensar sobre como o nosso meio, a nossa educação e as circunstâncias nos torna melhores ou piores pessoas. Será que as circunstâncias em que nasceu e viveu Aileen (Lee no filme) justificam ou explicam aquilo em que ela se tornou? Eu juro que tive pena dela, e acredito do coração, que tudo o que era preciso para que aquela mulher fosse uma mulher decente era carinho e atenção de alguém maduro e não de uma miúda. Quantas pessoas assim andam por aí a mostrar que precisam desesperadamente de afetos e são-lhes sempre recusados?
Anyway, o título para mim tem agora um significado muito diferente daquilo que tinha antes de ver o filme. Chamar-lhe Monstro não é dizer que ela é um monstro, mas sim uma metáfora em relação ao medo daquela roda gigante que ela conseguiu ultrapassar por amor a Selby (que não é o nome real. Teve de ser alterado por questões legais). Porque uma prostituta consegue adaptar-se às situações por mais difíceis que elas sejam (mais ou menos, o que ela diz). Mas isso das conclusões e das interpretações, cada um tem as suas e não quero estar a influenciar.
As imagens são bonitas de tão horríveis que são. Retratam a pobreza, a decadência em que vivam. A caracterização está incrível como podem ver em baixo:
À esquerda a verdadeira Aileen. Ao meio Charlize durante o filme.
Charlize Theron ganhou, com este papel um Óscar, um Globo de Ouro, um Urso de Prata, entre outros prémios e nomeações.
Um filme imperdível.

"Filadélfia" é um filme de 1993. Há muito que a minha mãe me fala dele, diz que adora e que tem uma história lindíssima. A minha curiosidade falou mais alto e lá fui buscar este filme ao fundo do baú. Não me arrependi de maneira nenhuma.
É a história de um excelente advogado, gay e com SIDA, que é despedido quando a firma para a qual trabalha descobre a sua doença e, mais tarde, a sua orientação sexual. Magoado com a situação, procura um advogado que tenha coragem para levar um processo de discriminação para a frente. O problema é que a empresa acusada é uma enorme potência e ninguém quer aceitar o caso à exceção de um advogado homofóbico.
É durante o processo que os dois homens se tornam amigos e o advogado percebe que a SIDA não se pega com um aperto de mão e muito menos a homosexualidade.
Será que ele ganhou? Não vou dizer, obviamente, mas aconselho-vos definitivamente a ver este filme.
Achei a temática muito idêntica a um dos meus filmes favoritos deste género "Tempo de Matar" com Matthew Mcconaughey, Sandra Bullock e Samuel L. Jackson. O filme fala da discriminação racial e de como os direitos humanos variam, em algumas mentalidades, de acordo com a cor da pele. Também se passa num tribunal e é Matthew o advogado. Têm mesmo de ver!

"As Serviçais" é dos filmes que mais curiosidade tinha para ver na altura que foi nomeado para os Óscars. Tal só aconteceu há uns dias atrás. Mais vale tarde do que nunca.
A história, mais uma vez, fala sobre o racismo, a discriminação e as verdadeiras discrepâncias sociais entre uma raça e a outra. Já perceberam que adoro filmes que falem sobre as mais variadas discriminações e preconceitos, não já? Mas o racismo é aquele que me atinge mais o coração, sou sincera. É aquele preconceito que mais abomino e mais me incomoda (já referi isso quando falei de "Django" aqui). As serviçais, como devem imaginar, são as senhoras de raça negra. As patroas, bem, nem preciso de mencionar, pois não? O filme gira em torno de uma rapariga de boas famílias que tem o sonho de ser jornalista e vai estudar para fora da sua pequena terra onde os brancos são os soberanos. Mais tarde, com o curso tirado, volta a casa e depara-se com certas atrocidades que são feitas à sua frente. As serviçais são as criadas, as amas, tratam de lavar, arrumar, limpar, fazer compras, engomar, ajudar em tudo e ainda são as mães das crianças da casa. São elas que as educam, que as amam e que são reciprocamente amadas (mais do que as próprias mães, que literalmente, não querem saber dos filhos). Em contrapartida, as serviçais não podem usar as mesmas casas-de-banho que os patrões, nem tocar no que eles tocam, nem sentar-se à mesa ou comer o mesmo que eles. Irónico, não é?
Ao aperceber-se de tudo isso, a jovem decide, em segredo, escrever um livro que denuncia todas essas situações. O livro é um sucesso!
Claro que pelo meio acontecem situações muito engraçadas. A minha personagem favorita é Celia Foote, interpretada pela BRILHANTE Jessica Chastain, e quem viu o filme está fácil de perceber o porquê. É a personagem mais bonita de todo o filme, a que mais me emocionou e, muito sinceramente, aquela com que mais me identifiquei. Eu quero acreditar que eu seria aquela mulher se vivesse naquele tempo.
O filme é maravilhoso. Tudo flui naturalmente. Os cenários são impecáveis e retratam a época. E o guarda-roupa senhores? Nota máxima!
A atriz Otavia Spencer ganhou o BAFTA, o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz secundária e foi tão, mas tão merecido!
É, sem dúvida, um filme obrigatório!

"Mestres da Ilusão" foi o último filme que fui ver ao cinema. Adorei. Não sou fã de magia. Não gosto de ver aqueles programas da SIC nem sequer gosto de magia de rua. Não gosto porque não compreendo e tento sempre arranjar uma justificação para o que está ali a acontecer, mas quando descubro, já não acho graça nenhuma porque afinal, era demasiado simples. Sou estranha, eu sei.
Vi o trailer deste filme e fiquei com a pulga atrás da orelha mas contive-me. Uma altura, numa esplanada, um amigo disse-me que já tinha visto e que era dos melhores filmes dos últimos tempos. Falou-me um pouco da história (sem desvendar nada, claro!), falou-me dos efeitos especiais e conquistou a minha curiosidade quando me disse que o fim muda a história toda e que nada é o que parece. Adoro finais inesperados. Daqueles finais que muda o filme todo. Claro que mal pude, fui vê-lo ao cinema.
Acredito que possa ter gostado tanto do filme por tê-lo visto naquela tela gigante, onde os efeitos especiais se tornam ainda mais magníficos e a história ganha uma nova magnitude - literalmente. Verdade seja dita, o fim é inesperado (pelo menos para mim foi!) mas é um bocado questionável, no entanto, continua a ser surpreendente. O que eu mais gostei de todo o filme foi o facto de eles fazerem truques de magia absolutamente geniais e, à partida, impossíveis e mostram como é que são feitos provando que de impossíveis têm muito pouco! O filme tem uma lógica muito interessante e uma história por trás que nos faz querer desvendar o mistério.
Adoro a genialidade da personagem de Jesse Eisenberg (identica a Dr. House, Spencer Reid e Tony Stark, por exemplo) e de toda a dinâmica do filme que nunca cai em monotonismos.
Não é filme para ser galardoado, na minha opinião, mas é excelente na área do entretenimento. Obviamente que aconselho.


E pronto, cá estão os filmes que tenho andado a ver. O próximo será o "Homem de Ferro 3" (já vos contei da minha paixão pela Marvel?) para completar a história que já assisti tanto no primeiro como no segundo filme. O primeiro é beeeeeem melhor que o segundo, mas é sempre assim, não é verdade? Veremos como será o terceiro. Não é preciso dizer que já estou apaixonada pelo Tony Stark, pois não? ;)

Os próximos filmes que quero ver no cinema (ou esperar que saiam em DVD) serão "Jobs", "Diana", "Bling Ring" e "A Gaiola Dourada".

Espero que tenham gostado e se tiverem uma opinião diferente da minha, não hesitem em comentar. Se tiverem sugestões de filmes bons que tenham visto, estou completamente recetiva!

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