segunda-feira, 14 de setembro de 2015

[My Rebel Heart]

Foi no dia 9 deste mês que a Madonna estreou a sua nova tour no Canadá, a Rebel Heart Tour. Como fã assumidíssima que sou, claro que tinha as antenas mais do que no ar, à procura de imagens, vídeos ou som do concerto. Tudo isto porque eu não sabia quase nada sobre este espetáculo. Não houve uma divulgação por aí além e além disso, ela não vai passar por Portugal (ohhh!)

Para começar, é a tour com o nome mais espetacular e que melhor define a cantora e todo o percurso dela tanto pessoal como profissional. Se há uma rebelde, é ela.
O palco penso que é dos mais compridos de sempre para estar mais perto dos fãs. Vai quase até ao fim da plateia e forma uma cruz que termina num coração. Quanto ao palco principal não há muita interação. Apenas uma placa que sobre 90º e proporciona um cenário lindo na música Material Girl.

O espetáculo conta com diversos figurinos desenhados e criados por Prada, Gucci, Alexander Wang Moschino, entre outros. Começa com Madonna a libertar-se de uma jaula e pergunta quem é que se quer juntar a ela na sua revolução.


Já tive a oportunidade de ver excertos de todos os temas (e em alguns casos o tema todo até ao fim) e desta vez temos uma Madonna mais calma mas mais feliz. Claro que há sempre a controvérsia. Podemos ver freiras a dançar no varão só em langerie ou uma reprodução da Última Ceia, mas nada que choque demasiado (tendo em conta que estamos a falar da Madonna, claro). 

Mas o que mais me surpreendeu nesta tour é a quantidade de temas antigos - mesmo do início da carreira - como Deeper and Deeper, Into the Groove, Holiday (para fechar o espetáculo outra vez!), Burning Up, Lucky Star, Who's That Girl, La Isla Bonita, Love Don't Live Here Anymore, Like a Virgin (que está linda de morrer, com novo som, a Madonna a dançar sozinha em palco e a dar show, super feliz e a interagir com o público) e entre outras, True Blue
Tenho mesmo que falar sobre esta música. Sempre gostei dela mas nunca lhe dei grande atenção. Desta vez a Madonna deu-lhe uma volta tão linda, tão íntima que estou viciadíssima nesta versão:


De facto, fui-me apercebendo ao longo das 2h de show que não é um espetáculo para as massas. Não é para atrair novos públicos nem criar novos fãs. Esta é uma tour dedicada aos fãs. Aos de sempre. Aqueles que sabem as músicas de cor, até as mais antigas (principalmente as mais antigas). 

Acho que é uma tour especial. A Madonna está feliz da vida, interage imenso com o público, faz discursos bonitos sobre desgostos, corações partidos mas, ainda assim, nunca perder a esperança no amor. É o mais importante, afinal.

Houve vários temas como a Revolução, a etnia Cigana/Frida Khalo ou o estilo Great Gatsby (esta miúda acerta em cheio nos meus gostos, fogo!).
Tudo começa com o apelo a uma revolução: à Revolução do Amor. Como todos, a Madonna passa por muitas fases em que questiona, revolta-se, desilude-se e fica com o coração partido e depois ergue-se, com o luto feito e celebra o amor. E o amor pode ter tantas formas, não é?

É sem dúvida um show intimista, para fãs e com uma mensagem de amor muito forte. Amor por um homem/mulher, pelos amigos, pela vida, pelos fãs... Por isso é que acho que este espetáculo não é, de todo, o melhor em termos de dança e de festa, mas é sem dúvida dos mais honestos, íntimos e pessoais que atinge qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Afinal, quem é que nunca amou?

Madonna dançou muito menos do que é hábito, mas em contrapartida cantou que se fartou. Cantou com alma e já há quem diga que esta tour é a prova de que Madonna é cantora e não apenas uma grande performer. Experimentem ver um dos pontos mais altos da noite (na minha opinião) em que é ovacionada de pé durante uns cinco minutos. Madonna a cantar La Vie en Rose:

Depois há os novos temas do álbum Rebel Heart como Body Shop e Rebel Heart (as minhas favoritas) em que a última é dedicada a todos os fãs e passam imagens de desenhos e ilustrações criadas por eles na tela gigante. Ficou de fora a Ghosttown, uma pena.

Como rebelde que é, não deixou de fora a capa na atuação de Living for Love. Mais que não seja para provar que não é uma capa insignificante que a deita abaixo, Madonna inclui uma ainda maior e mais bonita e repete a atuação dos Brit Awards (sem a parte do tombo, felizmente!).


No final de contas, não fiquei nada desiludida. Fiquei foi muito triste por não poder estar lá. Sei que esta Tour não vai ser memorável, que vão dizer que a Madonna já tem idade para se reformar, que já deu o que tinha a dar.
Mas cá entre nós, todos sabemos que ninguém consegue fazer o que ela faz.


[Sticky&Raw]
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