quinta-feira, 1 de outubro de 2015

[Ontem foi noite de cinema 29]

Tenho visto tantos filmes - uns espetaculares e outros nem por isso - que nem sei, honestamente, por onde hei-de começar. Eu sei que não devia deixar acumular e que deveria repartir melhor estes posts, mas é mais fácil ver filmes do que escrever sobre eles, não é?
Hoje vai ser uma enxurrada de opiniões sobre diferentes - mesmo muito diferentes - filmes. Temos desde filmes de animação, passamos por filmes portugueses, documentários, fantasia, super heróis e drama. É só escolher. Nesse aspeto, gosto de ver um pouco de tudo (desde que não seja comédia!).

Não me vou alongar mais. Este post já vai ser extenso o suficiente, mas suponho que só quem gosta de cinema e dos filmes em particular é que vai ler até ao fim, por isso, desculpem lá o testamento. Vou tentar ser breve.

Mad Max
Estava curiosíssima para ver este filme. Já me tinham dado ótimas referências. Disseram-me que era mesmo o tipo de filme para mim. Eu que já tinha visto o trailer no cinema torci o nariz. Não gostei nada daquilo. Não me chamou a atenção nem fiquei curiosa. Mas mesmo assim, depois de me dizerem "Tens mesmo que ver a porra do filme porque tu vais adorar!!!", eu vi. Honestamente fiquei desiludida. O filme é excelente, é mesmo. Dizem até que é um marco na história do cinema, mas a mim não me cativou.
Também acredito que nem sempre estamos muito virados para certos filmes. Que há dias especiais para filmes especiais. Depende da nossa vontade e do nosso estado de espírito. Por exemplo, com 12 Anos Escravo. Todos adoraram e o filme não me tocou na mesma proporção que eu esperava. O mesmo aconteceu com este. Entreteve-me mas não me surpreendeu. Não fiquei "Uaaaau!!! Quero saber mais sobre isto." como acontece frequentemente com filmes que eu adoro.
Tecnicamente o filme não podia ser melhor. Efeitos especiais de topo, boas interpretações, grande caracterização e um enredo que nos faz querer ver até ao fim mas com uma história muito pouco original para quem já tem um vasto leque de filmes deste género riscado na lista dos filmes vistos como eu tenho. É até um pouco previsível, mas ainda assim cativante o suficiente para vermos até ao fim.
Contudo não é um filme para todos. Quem não gosta de Marvel, de fantasia e de "mundos" diferentes do nosso mundo real então este filme fica de fora.
Fora isso não posso dizer mais nada a não ser que vou vê-lo de novo muito brevemente. Numa altura mais apropriada. Tenho a certeza que vou mudar de ideias. Ou não.

O Pátio das Cantigas
Fui vê-lo ao cinema em família como, imagino, foram metade dos portugueses.
É a receita de sucesso porque atrai várias gerações: a dos mais velhos (pais, avós) que querem rever um dos grandes filmes da "velha guarda", como é que lhe deram a volta e sempre com a esperança de encontrarem mais um bocadinho do Evaristo e da Dona Rosa. A geração mais nova vê este filme por curiosidade. Porque é que crescemos a ouvir falar deste filme? É porque deve de ser mesmo bom, não é? E quem é que nunca atirou para o ar "Ó Evaristo, tens cá disto?"? E quem é que perde a oportunidade, nesta nossa geração, de ver o César Mourão, o Rui Unas, a Sara Matos e a Dânia Neto todos juntos?
É ou não é a receita do sucesso? Tanto é que já vem o segundo a caminho e quase com o mesmo elenco.
Mas falemos um pouco do filme. Não é uma obra de arte, já devem de saber. Mas esse também não é o propósito. É um ótimo filme para se ver em família, com o Tio engraçado que imita as personagens e nos faz rir às gargalhadas. Entretem, diverte, e mostra um bocadinho do que nós somos.
Não tenho nenhuma referência do filme anterior. Mas os meus pais garantem-me que apesar deste ser muito engraçado, o antigo é muito melhor e muito diferente deste. Isso eu não sei. Mas deste, eu gostei.

Dior e Eu
Este documentário apareceu-me do nada. Não fazia ideia que existia, mas também só tem uns meses.
Foi uma agradável surpresa. Para quem gosta de moda aconselho a verem.
Começa com a "aquisição" do novo designer da grandiosa casa Dior: Raf Simons. Foi uma contratação muito polémica uma vez que o estilista só tinha trabalhado para marcas ready-to-wear como, por exemplo, a Jil Sander. No entanto, apesar de ter um curtíssimo período de tempo para preparar uma coleção inteira de Haute Couture (coisa que nunca tinha feito), Raf surpreende-nos a todos, em 2012, com uma das coleções mais bonitas, com o equilíbrio mais perfeito entre masculino-feminino, entre o mundo real-mundo de fantasia e entre o ready to wear e haute couture que eu já vi.
Não sei como é que não conhecia este documentário. Eu. Eu que tenho imagens desse mesmo desfile guardadas na pastinha "Inspiração". Eu que adorei a lufada de ar fresco que a Dior teve com Simons. Muito mais o meu estilo. Mas coisas destas acontecem e quando nós não chegamos a elas, são elas que se põem no meu caminho.
Vi-o em casa de uma amiga, num sábado à tarde chuvoso há umas três semanas atrás. Apareceu no videoclube sem procurarmos. Ela adorou ver tudo isto. Eu adorei mais. Apesar de saber perfeitamente como é que ia acabar... Como um conto de fadas.

Os Vingadores: Era de Ultron
Tinha muita vontade de ver este filme. Sabem que adoro super-heróis, conheço-os a quase todos desde pequenita. Sempre fui muito disto, de Action Man, de Dragon Ball. E ao mesmo tempo Navegantes da Lua e Sorriso Metálico. Podemos ver e conhecer um pouquinho de tudo. Nunca nos fez mal.
O meu grande interesse neste filme é, como sempre, o Tony Stark. Não é novidade. Sou super fã do Homem de Ferro mas também do Thor, do Hulk nem por isso e vou à bola com o Capitão América. Nem é preciso dizer que adoro a Viúva Negra, ou a Romanoff, como eu prefiro chamar.
Mas o filme está muito bom. Acho até que está melhor que os outros. Adorei o enredo, os efeitos especiais e gostei mesmo do facto, que não é novidade nenhuma para a Marvel, de que a história do filme tem tanto ou mais protagonismo e importância que as próprias personagens. Ou seja, há uma história pensada, estruturada, bem definida e até um pouco imprevisível e não apenas um bando de personagens muito fortes, com um grande peso (porque quase todas têm o seu próprio filme, a sua própria história) que se juntam só porque é lucrativo para Hollywood. Quem me diz que não gosta destes filmes porque não tem história é porque, claramente, nunca viu nenhum. Se me dizem que não gostam de fantasia, tudo bem. Mas história tem. Já vi muito filme supostamente profundo e cheio de grandes críticas que de história e de enredo era igual ou menos que zero.
Se gostam dos Vingadores então têm mesmo que ver este filme. Está ótimo! Não percam a oportunidade de ver o Thor. Tá muito bom... Ator.

O Quarteto Fantástico
Já que estamos numa de super heróis (eu não vos disse que não perco um filme destes?), vamos lá debater sobre este novo quarteto.
Vocês que já viram, não acham que está uma autêntica porcaria? Não é dos piores filmes deste género que já viram? Primeiro os atores são fracos. Não há nenhuma química entre eles, não encarnaram a personagem na totalidade. A história é pior que a das 50 Sombras de Grey. A sério, é mesmo má. Cheguei a olhar para o lado no cinema para tentar perceber se era só eu que estava a sentir isso. Não era. Aposto que toda a gente da sala estava mais interessado no puto da fila do meio que estava sempre a fazer perguntas à mãe do género " Ó mãe, este é dos maus, não é?", "Ó mãe, a rapariga está doente?", "Ó mãe os braços dele são de plasticina" entre outras pérolas.
Eu sei que é difícil fazer reinterpretações. Já tínhamos um Quarteto Fantástico e tinham feito um bom trabalho. É difícil descolar e não fazer comparações. Mas também não era preciso ser tão mau.
O momento em que decidem o nome que hão-de dar ao Quarteto é cómico de tão parvo. Eu e metade da sala demos um "face palm" nesse momento. Embaraçoso.


A Princesa e o Sapo
Passamos dum filme que não gostei mesmo nada para um filme que adorei de paixão.
O quê? Nunca viram?! E estão à espera de quê?
É talvez dos melhores filmes da Disney dos últimos tempos. Atrevo-me a dizer que gostei mais deste do que do Frozen. Mas passo a explicar.
Este filme é diferente. Primeiro voltamos ao assunto Princesas que a Disney tinha esquecido um pouquinho. É a minha geração. Eu cresci com as princesas, conheço-as a todas. Tinha saudades de ver a grupeta aumentar. E que bela contratação. A Tiana não é uma princesa. É uma rapariga que tem um sonho e que o quer atingir com suor e trabalho árduo. Nunca teve uma vida fácil mas nunca desistiu nem desanimou. A Tiana é uma miúda como nós, que não tem nada de mão beijada, que se quer, esforça-se. E eu gostei logo dela. Além disso é de raça negra. Perfeito. Retrata a realidade dos EUA na altura do Jazz e das separações raciais. Isto é a Disney a trabalhar muito bem este assunto desde cedo. Já deviam até de o ter feito. Porque estas questões começam a ser explicadas de pequeninos. Quanto mais esclarecidos e mais humanos as crianças crescerem, menos chatices teremos no futuro. Eu gostei de todas essas questões abordadas para além da história. Do que estava entre linhas. Claro que uma criança não vai compreender em pleno o filme, mas mais tarde, como me acontece agora, ao rever vai perceber que os ensinamentos ficaram apesar de não terem percebido muito bem na altura.
Outra coisa que adorei foi o facto de ser feito à moda antiga, ou seja, o filme é desenhado e não feito em computador. Continuo a dizer que são os melhores gráficos que há. Um bom desenho.
Temos personagens maravilhosas nesta história. O pequeno pirilampo é dos meus favoritos, claro. Coisa mais fofa, mais sonhadora,... Temos tanto a aprender com ele e com a sua Evangeline. Isso sim, é também uma história linda de amor, entre um pirilampo e uma estrela brilhante.
E ninguém fala de amor como a Disney. Ninguém. Podem atirar-me com vampiros, com sadomasoquistas, com Nicholas Sparks, que nada disso bate as histórias de amor destas personagens. Depois alguém tem é que explicar às criancinhas que isto não acontece a todos nem todos os dias. Os contos de fadas são só isso... Contos. Mas a Disney conta-os melhor que ninguém. Até somos tentadas a acreditar que um dia, quem sabe, também vamos ter direito a um bocadinho disso.

Maze Runner
Nunca me entusiasmou muito. Já me tinham falado deste filme, disseram-me que era o Hunger Games mas fraco. Mas nunca tinha visto. Foi há pouco tempo que o meu irmão insistiu para eu ver (ele já tinha visto umas duas vezes). Tudo isto porque ia sair o segundo (que entretanto já saiu) e queria ir ao cinema comigo.
Eu vi. Não foi um filme espetacular. Não é a 8ª maravilha do mundo e está muito longe do Hunger Games, mas tem pernas para andar. E eu estou interessada para ver o segundo filme, como se vai desenvolver. Acho que tem tudo para ser um bom filme mas também tem tudo para ser um verdadeiro flop. Tudo depende da abordagem. Já vi o trailer e não fiquei muito encantada, sou sincera. Só há uma coisa que me aguça a curiosidade: o Littlefinger claro. Faz parte da minha Trindade de personagens preferidas de Game of Thrones (claro que nesse top está o Tyrion e a Cersei).
Relativamente a este filme em particular, acho que os efeitos estão muito bons mas a dinâmica, a narrativa tem mesmo que ser afinada. Já para não falar de ser previsível.
Agora é esperar para ver como é que a história vai evoluir.

Hercules
Numa noite que não tinha nada de muito interessante para fazer nem me apetecia ver um filme muito intenso e que me fizesse pensar muito, escolhi este.
Por dois motivos: Irina e The Rock. Fácil não é?
Se vão ver este filme por causa da Irina vão se desiludir. No conjunto ela aparece uns 30 segundos (em câmara lenta!!!) e diz uma frase. Se não houvesse tanto sururu sobre a participação dela, eu era capaz de nem reparar.
Quanto ao Dwayne (que para mim vai ser sempre o The Rock) já o vi melhor. Mas não significa que esteja mau. Acho é que muitas vezes há muito preconceito em relação a estes atores. Porque não vieram diretamente de um conservatório ou porque acabaram em Hollywood por "obra e graça do Espirito Santo"... Enfim, acho que não lhes dão grande crédito. E eu acho que o Dwayne até tem provado que é ator. Não estou a pedir para lhe porem um Oscar na mão, calma. Mas darem-lhe crédito.
Contudo, não é neste filme que isso vai acontecer. Não é uma história desconhecida. Toda a gente já ouviu falar do Hercules (mais que não seja, o da Disney). Este filme resolveu dar-lhe uma volta. Está engraçada, está atual e retrata um pouco do que se passa hoje em dia: as aparências, uma marca vale muito, uma boa publicidade e o passa a palavra fazem milagres. Nesse aspeto, até acho que a história é interessante, a desmistificação. Mas depois é tudo muito superficial, muito básico, muito previsível, muito filme de domingo. E é pena. Mas acho que se têm curiosidade deviam mesmo de ver. Mas dentro do género, e já que falamos em gregos, se preferirem um filme melhorzinho, sempre podem optar pelo 300 Rise of an Empire que é um filme espetacular e entra a minha Cersei. Vejam. À confiança.

Focus
Vi por recomendação de uma amiga. Nunca me tinha chamado a atenção principalmente porque não sou grande fã do Will Smith, não sei bem porquê, uma vez que até é um bom ator. Mas tenho uma grande curiosidade em relação à Margot que me conquistou a atenção em O Lobo de Wall Street.
É um filme engraçado, ótimo para entreter, para nos divertir e para passarmos um bom bocado. Não passa disso nem tem, propriamente, a intenção de ser mais do que isso. Vai um pouco de encontro ao Mestres da Ilusão mas menos espetacular.
É engraçado, não me desiludi e até gostei da prestação do Will Smith.
Um ótimo filme para se ver no sofá, ao domingo à tarde, com chuva e uma chávena de chá.

Shutter Island
Juro que é o último! E guardei o melhor para o fim. Eu às vezes sou um bocado parva, confesso (e nem era preciso, porque vocês já se aperceberam disso há muito). Tinha metido na minha cabeça que já tinha visto este filme. Passava por ele e pensava "Já vi". Devo de ter sonhado porque eu nunca tinha visto. E isso por si só já é uma palermice.
Nestes dias deparei-me com a sinopse do filme e não me lembrei de ter visto nada desse tipo. Então lá fui ver o filme com a ideia fixa que depois de 5 minutos me ia lembrar da história e ia desligar.
Claro que isso não aconteceu. Nunca tinha sequer começado a vê-lo. Devo ter sonhado.
Mas voltando ao que interessa. Já vos tinha dito que não era uma grande fã do DiCaprio. Mas posso dizer-vos que já sou. Como é que não podia ser??? Eu vi O Grande Gatsby, Titanic, O Lobo de Wall Street, Django (que ENORME interpretação!!!), A Praia, Diamantes de Sangue, Inception, entre outros... Como é que eu não podia ser fã?!
Este filme é ES-PE-TA-CU-LAR. Não vos estou a dar novidade nenhuma porque aposto que toda a gente já o viu. Fiquei coladíssima do início ao fim. E além disso, tem uma coisa que eu adoro num filme: achar que vai ter um fim e tem outro completamente diferente. Bem, não foi assim tãaaao diferente como eu achava que foi mas ainda assim foi surpreendente. O final é épico. Tudo é tão bem pensado, tão bem estruturado que no final tudo faz sentido, como um bom filme que se preze. Os atores são maravilhosos. São mesmo. Mas o DiCaprio esteve mesmo bem, tenho que dizer. E aconselho a todos os que ainda não viram ou os que já viram mas já não se lembram bem do filme (já tem uns 5 anos), o que eu acho impossível, que vejam. Guardem um tempinho deste fim de semana para ver este filme. Vão adorar.


[Sticky&Raw]
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