terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

oscars 2017

Claro que não me esqueci de falar sobre a cerimónia dos Oscars. Deixei passar esta enxurrada de comentários que houve em relação aos erros mas cá estou eu para deixar duas ou três notas sobre a noite em que dormi apenas 3 horas.

Despedi-me de vocês por volta das 4h da manhã no Facebook, mas depois pensei que nunca tinha perdido uma edição, que sempre consegui funcionar minimamente bem no dia seguinte, não me ia armar em menina e ir dormir. Não fui. Perdida por cem, perdida por mil. Enfiei-me nos cobertores e continuei a assistir à cerimónia na minha caminha. No final, estava a pôr um dedo dos grandes em em como o Moonlight ia ganhar quando anunciam "La La Laaaand!!!". Eu dei um salto - tipo choque elétrico - soltei um "fo**-se!!!" e desliguei a televisão amuada e em forma de protesto. Posto isto, já perceberam que só de manhã é que percebi que afinal o meu dedo estava a salvo...

Bom, mas vamos por partes.

A Red Carpet
Fraquinha, fraquinha, fraquinha. Mesmo do piorzinho que tenho visto nos últimos tempos. A Vikander deu-me uma facada no coração e as vedetas que costumam abrilhantar aquele momento não estiveram presentes - devem ter tido muito que fazer, devem...

Falhei redondamente nas minhas "previsões" da red carpet. Nem uma alminha seguiu as minhas instruções. Não percebo porquê... (ahahaha).

Bom, mas escrevi o post dos vestidos durante a cerimónia e ainda não tinha visto a "nossa" Carolina Patrocínio. Se tivesse visto antes, estaria no meu top. Por isso já estão a ver o nível - e não estou a dizer que a Carolina estava mal (estava muito bem, simples, mas em bom) mas o resto ficou muito abaixo das expectativas.

A Cerimónia
Foi interessante. O Jimmy Kimmel teve imensa graça, com as piadas certas na altura certa. Não se armou em parvo e conseguiu lidar bem com a última parte da cerimónia. Adorei a piada sobre a sobrevalorizada Meryl Streep. Well done Kimmel. Enfim, também gostei do facto de não ser um momento de descascar no Trump. Houve elegância na forma de abordarem esse assunto, quer pelo apresentador quer pelos discursos dos vencedores.

Os números musicais também foram bonitos e o espetáculo que o Justin Timberlake deu foi fenomenal. E super amoroso, quando terminou o seu "número" a dançar ao lado da sua esposa, Jessica Biel. Foram momentos animados e bem dispostos. Mesmo quando entrou aquele grupo de turistas, foi interessante ver a interação de alguns atores com essas pessoas. Quando caíram donuts do "céu" e quando o Jimmy Kimmel diz "larguem agora o café!" foi de rir. Tudo teve um encadeamento dinâmico e divertido, dentro do género.

Os Vencedores
Fiquei felicíssima com a vitória da Viola Davis e do Casey Affleck. Mesmo! Queria muito que esses dois levassem o Oscar para casa. Fiquei triste por não ser o Lucas a levar o Oscar de Melhor Ator Secundário, mas também já se estava mesmo a ver quem ia levar... E também foi muito bem entregue, sem dúvida. Já vos falei do sopapo que apanhei com o La La Land como Melhor Filme do ano. Cá para mim ninguém me tira da cabeça que isto foi tudo orquestrado por um conjunto de alminhas revoltadas com o final do filme. Deram-lhes esperanças, saltaram, cantaram, bateram palminhas e acreditaram no amor e no final... zásss... Uma estalada. La la la é a vida... Então pensaram "Ai é?! Então vocês vão ver como elas vos vão cair..." e trocaram os cartões só para no fim terem o prazer de lhes gritarem em uníssono "PLOT TWIIIIIST ASSHOOOOLES!!!" Gostei.

Mas agora falando a sério, foi chato, foi grave porque Moonlight viu o seu momento a ser roubado e La La Land só queria um buraquinho para se enfiar. Ficou tudo ali meio "Isto é a sério ou é uma piada?". Pronto, arruinou um bocadinho ali a noite. Mas vamos lá ter calma com os cavalos porque também ninguém se magoou, ninguém morreu, estão todos bem, todos foram celebrar a seguir, La La Land levou mais de uma mão cheia de Oscars para casa, estavam todos felizes e contentes... O que eu quero dizer é que não se dê demasiada importância ao que não merece ser visto como uma catástrofe. Foi um erro que podia ter acontecido a qualquer um (e um erro não tão difícil de acontecer) mas que aqui teve proporções enormes porque eram os Oscars e todo o mundo viu. Vamos só respirar e ter calma. São coisas que acontecem nesta vida. Já pediram desculpa. Agora vamos seguir em frente, pode ser? Ótimo.

Continuando, Moonlight levou o Oscar de Melhor Filme que eu preferia que tivesse sido entregue a Manchester by the Sea. Mas pronto, já levou o de Melhor Ator e de Melhor Argumento Original que são categorias importantíssimas. Moonlight também arrecadou mais duas estatuetas: de Melhor Ator Secundário e Melhor Argumento Adaptado.

La La Land limpou 6 Oscars sendo os dois principais os de Melhor Realizador e de Melhor Atriz Principal. Os restantes foram em áreas técnicas como Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção, Melhor Banda Sonora e Melhor Canção Original.

O Herói de Hacksaw Ridge levou muitas mais estatuetas do que as que eu esperava. 2, para ser mais específica: Melhor Montagem e Melhor Mistura de Som.

Zootrópolis ganhou o Oscar de Melhor Filme de Animação. Estava a torcer muito que ganhasse Vaiana. Não aconteceu. Infelizmente também, Arrival levou apenas um galardão na categoria de Melhor Edição Sonora. Acho que este filme mostra um novo caminho que a ficção científica pode seguir. Fiquei um bocado desiludida com o Oscar de Melhor Caracterização entregue a Suicide Squad. Parece-me que seria melhor entregue a Star Trek Beyond.

Para finalizar, a cerimónia foi bastante democrática nos nomeados e nos vencedores - nenhum filme levou uma enchente de prémios e poucos filmes sairam de mãos a abanar. Foi tudo bem distribuído e equilibrado. Estou muito curiosa para ver o vencedor do Melhor Filme Estrangeiro The Salesman (Irão), assim como a Melhor Curta Documental, The White Helmets. Também tenho que ver Lion, Loving, Florence Uma Diva Fora de Tom, Animais Noturnos, Zootrópolis, Mulheres do Século XX e A Lagosta.

Para o ano há mais :)


Sticky&Raw
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

oscars 2017 - red carpet

Não me lembro na história deste blog de ter que comentar tanto vestido fraco e de ter visto uma passadeira vermelha tão aborrecida como esta. Cadê as grandes vedetas? Cate Blanchett? Jennifer Lawrence? Gwyneth Paltrow? Blake? Angelina? Margot? Amy Adams? Emily Blunt? O que é que tiveram de mais interessante para fazer do que ir aos Oscars? Hum?! HUM?!?!

Bom, passemos então aos vestidos. Não se entusiasmem, sim? Isto está com a fasquia a roçar o zero.

Os que são tão maus que parecem que estão a gozar connosco
Entramos a matar, na categoria dos bizarros.
Hale Berry
Também não sei porque é que fico surpreendida. Nunca vi a Hale em bom. O que me aborrece é que ela é gira todos os dias e jeitosa e cheia de carisma. Mas veste-se mal que eu sei lá... Eu não sei onde é que esta gente vai desenterrar estes vestidos, com franqueza...

Cynthia Erivo 
Esmagada pelo seu próprio tapete de arraiolos. Pobrezinha. Gastou um montão de dinheiro nesta bonita peça tradicional de decoração e acabou por quase abafar quando decidiu vesti-la. Há coisas do diabo...

Alicia Vikander
Quando olhei para a foto comecei a sentir um formigueiro a percorrer-me o corpo, o meu olho começou a tremer, uma lágrima correu-me pela cara, suicidando-se de seguida ao atirar-se do meu queixo abaixo. Gaguejei. Toda eu tremia. Estava quase a pedir socorro. Depois olhei melhor e dei uma gargalhada... Esta Vikander é uma miúda impecável. Realmente já não há muitas como ela... Sabia que este ano a Red Carpet ia ser uma miséria e decidiu vir assim para não ser snob e superior às outras bimbas. Altruísmo senhores, altruísmo. Houvesse mais miúdas como ela e o mundo era um lugar melhor... Mais piroso, claro, mas melhor.

Dakota Johnson
Teve uma quebra de tensão pelo caminho mas recompôs-se e veio representar na Red Carpet. Palmas para a menina que é uma guerreira... Só assim se justifica essa tez pálida e sem brilho. Que-re-do! Tudo é mau. O vestido é óbvio. Basta olhar para ele e percebe-se mesmo que não há ponta por onde se lhe pegue (alguém me pode explicar o laço à frente?). Depois temos a atitude, o cabelo lambido e que parece ter sido penteado em casa... Se o sô Grey lhe tivesse comprado o vestido não tinha corrido tão mal. Mas também tinha que levar porrada velha para lhe agradecer...

Sofia Boutella
O Chanel já me parecia mal. O Chanel na Sofia parece-me aqueles Do It Yourself com materiais reciclados a imitar o modelo de alta costura, sabem?, aqueles que aprendemos a fazer nos tutoriais do YouTube de uma adolescente que tem que matar o tempo nas férias de verão... E nem sequer vou falar da franja que isso já é too much para a minha tensão arterial.

Teresa Palmer
Podia ser só aborrecido. Podia. Mas também é mau no modelo, na forma como lhe assenta (acreditem que de lado é péssimo) e como se não bastasse a Teresa virou as mesas e disse "que se lixe!" e escolheu o pior penteado e os piores acessórios que tinha à mão. Rebelde.


Os vestidos não-sei-o-que-vos-passou-pela-cabeça-pá!!!
As pessoas que têm corpitchos tchuca-tchuca, são giras pra xuxu (by Beatriz Gosta) e decidiram vir assim vestidas... Era de lhes dar uma coça de cinto.
Charlize Theron
Raramente gosto das escolhas da senhora. Também acho que deve ser uma antipática e snob de primeira. Mas se viesse bem vestida, não queria saber, estava disposta a pôr tudo para trás das costas. Não é o caso. A nossa amiga escolheu o vestido que lhe faz ombros de nadador e um ar de quem acabou agora de assinar os papéis para a reforma.
Mas cobiço-lhe os brincos.

Janelle Monáe
Nem era preciso dizer nada, não acham? Mas eu vou dizer porque tenho que dar um murro na mesa. Então ando eu aqui a analisar o estilo da menina, a analisar o que anda por aí nas runways deste mundo, escolho-lhe um Chanel catita, cheio de pinta e a menina recusa com um "uh uhh..." de dedo no ar e vem assim vestida? Como assim? É que eu acho que isso deve ser muito desconfortável. E até parece que os pássaros aí à beira das suas maminhas estão a bicar umas migalhas de pão... Ou então estão a atacá-las. Ainda não decidi. Só me faz lembrar a senhora dos pombos no Sozinho em Casa. Não me perguntem porquê.

Priyanka Chopra
Aqueles bicos afiados parecem-me perigosos. Aconselhava a quem se tivesse sentado ao lado da Priyanka que tivesse muito cuidado ou mal se apercebesse ela já lhe tinha vazado um olho.

Scarlett Johansson
Esta é a Scarlett com mais 15 quilos em cima, provavelmente grávida de trigémeos com o seu melhor vestido de praia. Está ali a asfixiar com o cinto - como se pode ver pela cara dela - e ninguém é capaz de saltar para a passadeira e aliviar-lhe nem que seja só um furinho. Mas não lhe tirem o cinto que faz tooooodo o sentido ali, tudo a ver com o estilo (NOT!). Tá tudo mal.


Os vestidos ZZZzzzzzz...
Podem não ser maus, mas também não são lá grande coisa. E pior que tudo, são aborrecidos.
Felicity Jones
A Felicity Jones tem o estranho hábito de vir vestida como se estivesse agora a entrar para o Jardim de Infância. Não sei se é alguma aposta que ela faz com os amigos... Espero que sim, pelo menos. É um vestido mau? Não, claro que não. É bonito. Mas também não é para Oscars não é menina?!

Kirsten Dunst
Estilo Sofia Vergara há um ou dois anos atrás, que é como quem diz: Úrsula da Pequena Sereia.

Laura Dern
O vestido até pode ser bonito, que é, mas depois todo o conjunto fica tão aborrecido que começo logo a bocejar. E o cabelo? E o ar de dona de casa que teve que estender uma máquina de roupa antes de sair para os Oscars e isto foi o melhor que se arranjou assim à pressa?

Michelle Williams
Aposto que ninguém deu pela Michelle. Passou totalmente despercebida. Aliás, chegaram a ir ter com ela a perguntar onde era o buffet das bifanas. Achavam que fazia parte do staff.

Emma Roberts
A gémea da Michelle, mas como é um pouco mais pobrezinha enrolou a faixa do smoking do marido, foi ali à Zara comprar o top por 19,95€ et voilá. Mas não ficou nada atrás da sua miga, que as lojas de fast-fashion também já dão cartas nas red carpets. Parabéns pelo esforço, em todo o caso.


Os vestidos huumm-aqui-há-gato!
Quando olham para aquilo e sabem que há alguma coisa que não está a bater certo ali.
Brie Larson
Quer dizer, o ano passado que ganhou um Oscar veio com o vestido do baile de finalistas. Este ano que ninguém deu por ela vem de diva de Hollywood? O conceito está lá, o vestido é que tem ali qualquer coisa que não resulta. Cá para mim são aquelas pontas afiadas a desafiar a segurança de quem se lhe atravessa-se pela frente, ou pelos lados. O cabelo também devia dar direito a coima. Mas como este ano estava tudo tão fraquinho, a fasquia estava tão em baixo, que até nos atrevemos a dizer que é um bom vestido.

Leslie Mann
O ano passado a Leslie passou a cerimónia inteira a invejar o vestido da Alicia Vikander. Este ano decidiu dar tudo, inspirada pelo novo filme d' A Bela e o Monstro que lhe deu o incentivo que precisava para tomar o passo seguinte... E veio assim. Não correu tão bem como ela esperava, mas está a sorrir e a acenar para as fotos só naquela de disfarçar.
Nota 20 para o penteado e maquilhagem que fizeram com que o vestido não parecesse tão mau como ele realmente é.


Os mixed-feelings
Não sei se gosto, se não gosto, se gosto assim-assim...
Chrissy Teigen
Já é uma habitué nesta categoria. A rapariga nunca escolhe um vestido que me faça suspirar - e tem alturas em que escolhe mesmo vestidos feios que eu sei lá. Depois põe aquele sorriso que lhe é característico, monta naquela atitude e tudo parece melhorar drasticamente. Ainda assim parece-me que não é um dos melhores vestidos que já vi nela.

Emma Stone
Normalmente até gosto muito deste ar Gatsby (vocês sabem) mas o que aqui me dá comichões é a cor. Isto não é dourado, não é amarelo, não é nada senhores... Parece aquela altura do ouro em que já está a precisar de uma polidela valente. Claro que nela tudo fica bem, o modelo é giro, a maquilhagem e o penteado estão perfeitos e mimimi, mas vem sempre TÃO GIRA, vem sempre em modo rainha, e desta vez que ia subir ao palco para receber o Oscar mais importante que havia para ganhar - todos nós sabíamos, certo? -, vem assim vestida. É assim que queres que te imortalizem Maria? Não percebo...

Ginnifer Goodwin
Um bocado em modo Ruth Negga mas sem ser em bom. Também não é mau. Fica ali naquele limbo, naquele vai-que-não-vai. Não acho graça à parte de cima. Há ali qualquer coisa a mais - talvez o tecido! O ar de quem "Quem sou eu e o que faço aqui?" também não ajuda muito.

Octavia Spencer
Eu imagino a dificuldade que deve ser encontrar um bom vestido para pessoas que não sejam quase anoréxicas em Hollywood. Já vi a Octavia linda de morrer (e no meu top, se não me engano) como também já a vi - ainda este ano - num fato dois números abaixo que não a favoreciam nada. Neste caso, não está mal. Está ali no meio. Mas ela começa a ter a aura de atrizes como a Meryl Streep - não interessa se vão com um saco preto do lixo, estão sempre deslumbrantes e serão sempre aplaudidas de pé.

Jessica Biel
Eu chego-me à frente e defendo a Jessica: eu gosto do vestido. Gosto. Têm que lidar com esta informação da maneira que conseguirem. Acho que lhe assenta bem, é bonito, ela estava radiante, o marido estava presente, a maquilhagem é das mais bonitas que vi na passadeira, enfim, tudo corre bem na vida da Jessica Biel. Agora podemos lançar aqui a discussão sobre o colar da tribo e do facto de grande parte das atrizes, principalmente as que não estão e dificilmente vão estar nomeadas, gostarem de se vestir de Oscar. É alguma espécie de síndrome?


Os bons
Não sendo perfeitos - não houve vestidos perfeitos esta edição, esqueçam lá isso - cumpriram bem o seu dever.
Louise Roe
Por consideração às red carpets anteriores, a Louise veio cá parar. Eu gosto mas não é para os Oscars, está bem menina? Quer ir jantar com o seu marido em LA no sítio mais chique, ora cá está um bom vestido. Quer ir aos Oscars? No no no! Mude de ideias, desvie-se desse caminho. Mas já que é o que temos, vamos analisar: o vestido é giríssimo, tem bom ar, assenta-lhe na perfeição, as jóias são lindas de morrer (rubis) e temos que ter em consideração que a Louis faz as reportagens da red carpet, não desfila, por assim dizer. Pode ter um look mais discreto. Fez uma votação no Instagram para que nós, comuns mortais, lhe disséssemos se devia ou que não devia usar o turbante. Uns sacaninhas, no gozo, disseram-lhe que sim. E ela assim o fez. Pobre ingénua... Mas de palavra.

Nicole Kidman
Já não me lembrava de ver a Nicole Kidman em bom. Desde 2007 com o seu icónico vestido vermelho, para ser mais específica. Não posso dizer que está ótima. Está bem, pronto. O vestido é interessante, assenta-lhe na perfeição mas já vos disse que sou muito pouco fã de peças com corte de nadador. O va va vum está na maquilhagem, no penteado, na postura e na simpatia da atriz. Gostei bastante e até fiquei surpreendida. 

Olivia Culpo
Se pudéssemos ignorar a franja lambidela de vaca, estava tudo perfeito. Cá está um look á la Great Gatsby que eu adoro. Muito mais bonito que o da Emma. Mas do pescoço para cima é o descalabro...

Taraji P. Henson
Po-de-ro-sa! Quem diria que um simples vestido azul de veludo era capaz de fazer isto senhores? Está tão Anastasia! Gosto muito. É a questão que eu falo sobre a pessoa "fazer" o vestido e não o contrário. Isto não é jogar pelo seguro, é apostar em bom.

Isabelle Huppert
A classe, o glamour, a bitch face, adoro tudo. Mal entrou na passadeira vermelha gostei logo. Amei o pormenor do brinco e ainda do batom bem carregado. O vestido era simples mas bonito, só substituía o cinto por outro (que não caísse). A francesa a mostrar-nos como se faz!


O top 5
Dentro da desgraça que foi a Red Carpet, lá fiz um exercício de abstração e acabei por selecionar as 5 melhores de todas. Não há nenhuma ordem específica, ficaram todas empatadas, vá.
Naomie Harris
Quando vi as fotos torci um bocado o nariz. Depois vi a entrevista dela e fiquei hipnotizada. Que bonita, que elegante, que simpática... E é tão humilde... Conquistou-me o coração e os olhos, que eu acho que estava um arraso. Se é um vestido convencional para uma noite de Oscars? Não. Mas não há regra sem exceção, não é verdade? E se for para quebrar as regras assim, com este modelito, com este corpaço, com estes acessórios (morri com as sandálias!!!), maquilhagem e penteado, por mim têm todo o apoio! Muito linda a Naomi.

Ruth Negga
Completamente ao lado da minha "previsão". Mas tão melhor... Não sou fã da bandolete que usa no cabelo nem dos brincos, mas o vestido é bonito, tem a ver com a personalidade dela, é discreto e diz tudo ao mesmo tempo. Não sendo a coisa mai leinda do mundo, é um bom look de red carpet

Darby Stanchfield
Mais um vestido original e inesperado. Não o vi "em movimento" mas acredito que dê um efeito incrível... Well done. Gosto muito do conceito e do penteado.

Karlie Kloss
É uma cópia chapada - mas mais fraquinha - do Tom Ford que a Gwyneth Paltrow usou em 2012. Mas como em equipa que ganha não se mexe, a Karlie apostou e conseguiu o sonho da sua vida que era, obviamente, ficar no meu top.

Viola Davis
Distinta, simples, elegante, poderosa. O vestido não acrescenta nada de novo, não é a última Coca Cola no deserto mas é bonito, assenta muito bem na Viola e acho que ela se sentia muito confortável. Gostei. Pena é não ter uns acessórios mais bonitos.


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domingo, 26 de fevereiro de 2017

blues

Para uma semana com chuva, nada melhor que os básicos mais fixes com um twist. E já agora, se forem confortáveis e cheios de pinta, melhor ainda... Conhecem alguma fórmula que resulte melhor que esta? É que eu não ;)

Casaco 49,95€, Saia 19,95€, Sapatilhas 25,95€ e Carteira 39,95€ Zara | Camisola 39,99€ e Óculos de Sol 15,99€ Mango | Lenço 48€ Bimba y Lola

Boa semana e bom Carnavaaaal! :)


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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

bola de cristal

Apesar de ainda não ter visto todos, todos, todos os filmes nomeados (falta-me Lion e mais alguns, não muitos) nem de ter tido 5 minutos para pensar nisto mais a fundo, vou atirar para o ar e dar a minha opinião sobre quem eu acho que vai levar o galardão para casa no domingo à noite. Ou pelo menos quem eu gostaria que levasse, claro. Então cá vai a minha opinião nas principais categorias:

Melhor Ator Secundário
Eu gostava muito que o Lucas Hedges levasse o Oscar. Fez um trabalho brilhante e contribuiu enormemente para que Manchester by the Sea seja o grande filme que é. Em todo o caso, duvido muito que a Academia me conceda este desejo.

Melhor Atriz Secundária
Se não derem o Oscar à Viola Davis pelo papel que interpreta em Fences vou lá virar umas mesas ao contrário. Quem avisa...

Melhor Ator Principal
Casey Affleck. Ponto.

Mas tenho mesmo que fazer um parênteses. Tanto o Denzel Washington como o Viggo Mortensen deveriam ganhar uma Menção Honrosa.

Melhor Atriz Principal
A Emma Stone vai levar a estatueta. Tão certinho como fevereiro não ter 31 dias.

Melhor Realizador
Gostava que Barry Jenkins de Moonlight ganhasse a estatueta. Mas se for o Kenneth Lonergan de Arrival, também não me importo nadinha.

Melhor Filme
Na minha opinião, o melhor filme é Manchester by the Sea sem qualquer sombra de dúvidas. Apesar de ainda não ter visto Lion, acredito que não iria mudar a minha opinião. Em todo o caso, é muito provável que Moonlight ou La La Land leve a estatueta.


E vocês em quem apostam? Contem-me tudo.


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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

i can


Ontem foi um dia duro. Corri para todo o lado. Aliás, no último meio ano a minha vida tem sido sempre em passo de corrida, literalmente, com os minutos contadinhos. E se eu até acho muita graça a isso e me faz sentir realizada, também há dias em que me sinto exausta.

Ontem foi o dia.

Ontem tive 10 minutos para me equipar, comer qualquer coisa e ir a correr de casa para o ginásio sem tempo para me sentar 2 minutos só para recuperar o fôlego. Cheguei e a aula foi difícil, de alta intensidade, sem direito a pausas e sempre a um ritmo difícil de acompanhar. Se fosse num outro dia qualquer, não teria achado assim tão complicado, mas ontem senti-me a desfalecer. Mesmo. Todo o meu corpo tremia e toda eu estava absolutamente exausta. O maior problema é quando esse sentimento chega à cabeça e começamos a achar que não conseguimos, que já não aguentamos mais. Mas conseguimos e aguentamos, claro... Quando cheguei a casa enfiei-me debaixo da água e fiquei uns segundos paralisada ali quase a chorar de exaustão, de desespero e de dores. Respirei fundo, foquei-me na música que ponho sempre a tocar enquanto tomo banho e, devagar, fui fazendo o que tinha a fazer. Ontem senti, literalmente, o meu corpo a avisar-me que estou a abusar dele, que preciso de parar um bocado, talvez.

Mas para mim isso está fora de questão. Aliás, só estou à espera que os dias comecem a ficar maiores para começar com as corridas - que eu sozinha correr de noite no meio de um parque não me parece grande ideia.

E perguntam-me vocês porque é que eu ontem não fiquei alapadinha no sofá? que uma vez não são vezes... Bom, o problema é que eu sou bicho ruim que quando mete uma coisa na cabeça difícil é não fazer. E se não é o ginásio não tenho outro momento só para mim. E porque nunca achei que me ia sentir assim, claro. Mas acho que mesmo que soubesse, ia na mesma.

A verdade é que me sinto bem com a superação. Sinto-me orgulhosa por isso. E quanto mais dói, quanto mais me custa, mais eu gosto de ir fazendo. Podem dizer que sou maluquinha mas não faz mal, quem está na mesma situação que eu percebe-me e sabe que os resultados compensam todas as horas de luta e desespero. E quando falo nos resultados não estou apenas a falar num corpo mais bonito - na verdade isso deixou de ser uma prioridade. Falo de me sentir cada dia mais saudável, mais capaz de muita coisa que achava que nunca seria há uns tempos atrás. Falo da resistência, de subir uma escadaria e manter o meu batimento cardíaco controlado enquanto que a minha companhia fica perto de se atirar ao chão de cansaço. Refiro-me também à tranquilidade de espírito, à mentalidade, à força de vontade que vai sendo incutida aos poucos. Falo também da postura corporal mais saudável, mais adequada... Não há nada que me dê mais prazer do que terminar um treino cansada, suada e com os músculos duros, doridos.

Enfim, o exercício é muito mais do que um corpo bonito porque para isso, basta ter uma pessoa bonita dentro ;)



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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

play

Hoje conto-vos a minha opinião sobre 5 filmes nomeados para os Oscars. O que acham?

Manchester by the Sea (8,1 IMDb)
Primeiro de tudo, Manchester do filme fica nos EUA e não no Reino Unido. Primeiro ponto. Acho fundamental esclarecer isto porque no início foi bastante confuso para mim: não havia sotaques britânicos, conduziam pela direita e por fim, para me esclarecer, havia bandeiras dos Estados Unidos nos alpendres das casas. Confuso (ahahaha).

Extraordinário. Mesmo muito extraordinário. Ultrapassou as minhas expectativas. Conta uma história comum, que poderia ser de qualquer um de nós - felizmente que não é! - de uma forma muito natural, muito real e genuína. Não há enfeites nem preocupações de aprimorar o que se está a mostrar, é um filme muito cru. Contam-nos a história de um homem solitário, um faz-tudo, que recebe uma chamada em que lhe dizem que o seu irmão faleceu, deixando o filho de 16 anos sobre a sua tutoria. Lee tem que fazer o seu luto, organizar o funeral, providenciar uma vida normal para o seu espevitado e muito divertido sobrinho e ainda tem que lidar com os seus demónios internos do regresso à sua cidade natal. O que se revela mais difícil do que esperávamos. Há uma forma muito pessoal de lidar com o que está a acontecer e depois há os breakdowns comuns a qualquer ser humano. Identifiquei-me muito - mesmo - com este filme (principalmente com Patrick) porque ele gosta sempre de mostrar que está tudo bem, que aguenta com tudo e que nada o afeta, mas quando tem que ser, é um humano como todos nós e cede, chora, tem ataques de pânico - sempre em privado. Logo a seguir respira fundo e volta a ser quem é. Tal como eu.

Vamos percebendo ao longo do filme, através de memórias, o que se passou na vida de Lee para que tudo mudasse do dia para a noite. E é uma história triste. Porém, mesmo sendo um drama - gira tudo em volta da morte, do arrependimento e da dor - há sempre as piadas certas na hora certa, há sempre muita realidade ali no meio, há momentos constrangedores, como já toda a gente teve. Há sempre cenas que estão retratadas exatamente como na vida de todos os dias, a forma como lidamos com os nossos sentimentos, de como reagimos aos obstáculos da vida... Enfim, é uma história de uma vida normal, de qualquer um de nós, extremamente bem contada, com uma cadência bonita que é lenta mas não o suficiente para nos aborrecermos.

Tecnicamente é ótimo. Os tons escolhidos para o filme assim como a luz e os planos combinam na perfeição com o que está a ser contado e, por outro lado, a banda sonora é tão contrastante, tão inesperada que encaixa na perfeição. Os planos são lindos mas sem intenção de o ser. Também sei que a dinâmica do filme não é a mais consensual e a mais comum em Hollywood. Tem um ar independente e, talvez por isso, deixou de agradar a grande parte das pessoas que escolheram ver o filme. No entanto, neste contexto, só assim faria sentido: o ritmo do quotidiano, do luto e da adaptação a uma nova realidade e a claustrofobia e o "punishment" que Lee provoca nele próprio acaba por definir esse mesmo ritmo do filme. Depois daquele acontecimento a vida dele ficou presa num loop em que ele se sente na obrigação de "limpar a porcaria dos outros", deixar de ter posses ou de se relacionar com os outros mais do que o extremamente necessário... Tudo isto porque ele está profundamente triste, desiludido, magoado, arrependido e sente que se o sistema não o castigou pelo que fez, esta foi a forma que arranjou de o fazer sozinho.

O Casey Affleck faz um trabalho impressionante, que lhe cabe na perfeição e merece, sem dúvida (pelo menos do que tenho visto até agora) o Oscar de Melhor Ator. Posso dizer precisamente a mesma coisa do seu "sobrinho", Lucas Hedges. Em contrapartida não percebi a nomeação da Michelle Williams - eu sei que pode parecer embirração, e provavelmente até é - mas ela não fez absolutamente nada de extraordinário. Mas mesmo nada. Acho que a Janelle Monáe conseguiu muito mais quer em Moonlight quer em Elementos Secretos. Ela sim, deveria estar naquela posição. Mas é apenas a minha opinião.

Bom, fico à espera da vossa opinião.

Jackie (7,1 IMDb)
O filme conta a vida de Jackie O Kennedy durante os 4 dias após o assassinato do seu marido, John F. Kennedy, então atual presidente dos Estados Unidos. Todos conhecemos a história, já todos vimos imagens ou mesmo vídeos do momento em que é baleado na cabeça e todos conhecemos a sua Primeira Dama, o ícone de estilo que perdura até aos nossos dias. O que é que este filme vem então acrescentar? Acrescenta a visão da viúva que, de repente, viu-se sem marido, sem presidente, sem casa, sem esperança, sem rumo, sem trabalho e com dois filhos pequenos para educar. Mostra-nos como a beleza e a inteligência não são dissociáveis e que a força vem de onde menos esperamos. Temos acesso aos preparativos do funeral e das estratégias do backstage. É interessante.

Não é, no entanto, o que esperava. Esperava mais, mais profundidade, mais exposição, mais descrição, mas o que nos mostram é bonito e vale a pena. Os cenários são muito semelhante aos reais, o guarda-roupa está incrivelmente semelhante, a caracterização de Jackie por Natalie Portman está digna de Oscar. Mesmo! Vamos lá ver se arrecada alguma estatueta este domingo.

Custe o que Custar (7,7 IMDb)
Não tinha grandes expectativas. Vi por dois motivos: estar nomeado para vários Oscars e o Chris Pine. Já sei que o segundo é motivo mais do que suficiente, mas têm que me dar um desconto que eu ando numa roda viva para tentar ver todos os filmes até domingo - e cheira-me que não vou conseguir.

Bom, sobre o Custe o que Custar devo dizer que tem uma história muito simples, muito breve e que podia ser contada em três linhas (não o vou fazer, porque iria ser um spoiler). Ao contrário da maioria dos filmes que tenho visto, aqui a essência está mesmo na narrativa e não nas entrelinhas ou no cenário. E também está - em grande parte - na relação destes dois irmãos que é tão bonita e tão genuína que só assim é que poderiam ter feito o que fizeram. Há boas interpretações aqui, há diálogos incríveis e há bons cenários, há referências históricas e críticas à sociedade bem fortes, há bons planos e enquadramentos. Até a banda sonora é boa. Não é um filme épico nem que me vá recordar dele para sempre e guardá-lo no meu coração, mas é um bom filme e deve ser visto pelo menos uma vez na vida.

Capitão Fantástico (7,9 IMDb)
Provavelmente o melhor filme que vi nos últimos tempos. Não a nível técnico - mas até podia, porque até nesse nível também está ótimo - mas devido à mensagem, à temática e à forma de como nos põe a refletir e a questionar todos os nossos "achamentos", as nossas "certezas absolutas", os certos e os errados.

É a história de uma família muito invulgar que vive praticamente isolada nas montanhas. Caçam e pescam para comer, fazem roupas com os próprios recursos naturais e não vão à escola dita comum. Mas são super inteligentes, informados, conscientes, críticos e altamente treinados para situações limite. Fazem escalada nas montanhas, sabem primeiros socorros, treinam como atletas olímpicos e lêem muitos - mesmo muitos - livros. Esta é a escola deles. E são felizes assim. Até que há um dia em que têm que ir ao funeral da mãe (que foi internada num hospital com uma doença mental e, entretanto, se suicidou) à civilização. Esse choque de culturas, de hábitos, de mentalidades e conceitos é tão rico, tão interessante e tão bonito... Principalmente quando ficam hospedados na casa da irmã do pai deles, que vive uma vida como a de todas nós. Tem dois filhos mais ou menos da idade dos irmãos mas são pessoas absolutamente diferentes. As cinco crianças são vistas quase como aberrações, o pai é visto como um inconsciente que não quer o melhor para os filhos - que vão à escola e comam comida comprada no supermercado. Enfim, há imensos paradoxos em análise no filme como quando estão à mesa e permitem que os dois miúdos joguem videojogos à mesa mas não permitem que ouçam palavrões - o que é mais prejudicial? Depois há tantas questões que este filme coloca em cima da mesa e que nos obriga a debater como a religião, o respeito pelo outro, a educação, o bom senso, a responsabilização das crianças ou a proteção, as explicações de todos os conceitos em qualquer idade (sim ou não? até que ponto? todos os conceitos?), a verdade, a honestidade, os ideais, a cultura... Um dos momentos bonitos foi quando o pai perguntou a uma das filhas, que estava a ler Lolita, o que achava do livro. Ela começa a descrevê-lo. O pai diz-lhe que isso é a descrição da história e que não quer saber isso, que já o tinha lido, queria saber qual era a sua opinião sobre o tema, o que estava a sentir,... E isso é tão mais interessante, quando refletimos sobre as coisas que estão à nossa frente, quando falamos pelas "nossas palavras" o que achamos e não nos limitamos ao que nos dão todos os dias através de jornais, revistas, facebook, televisão, blogues... É de sentido crítico que precisamos na sociedade.

Podia continuar a falar sobre Capitão Fantástico mas nunca iria conseguir descrevê-lo na realidade nem pôr em palavras aquilo que eu senti com o filme porque toca em variadíssimos conceitos que me são muito familiares, que me tocam profundamente e que eu concordo na totalidade. Talvez por isso que eu tenha gostado TANTO dele. Talvez por isso que tenha chorado como já não me lembrava de chorar num filme...

Têm que ver. Está bem? Prometem?

O Herói de Hacksaw Ridge (8,3 IMDb)
Pensei que fosse chorar que nem uma perdida. Não aconteceu. Realmente O Herói de Hacksaw Ridge é um grande filme mas tem mais esperança nele do que propriamente drama e sofrimento. Talvez por ter esta dose tão equilibrada que não me fez largar mais de meia dúzia de lágrimas tímidas, mas vários sorrisos e acenos de cabeça ao jeito de "hell yeah!".

Quando vi o trailer do filme (ainda em 2016) pensei que era um filmão, que tinha que ver o mais rápido possível. Depois comecei a ver que era mais comercial do que eu achava, via imensa gente a ir ao cinema e a falar-me dele, pessoas que nunca vão ao cinema... Perdi o interesse. Como quando adoro um vestido da Zara de paixão e depois vejo-o em 100 bloggers e em 1200 pessoas na rua e a peça acaba por se tornar demasiado comum e desinteressante. Pronto, foi isso que me aconteceu com este filme. Foi também por isso que só o vi ontem e porque estava nomeado para os Oscars e eu quero aviar o máximo possível.

O filme é incrível. A sua essência está na luta pelos ideais, pela consciência, pela coragem e pela motivação de fazer o bem sem olhar a quem - literalmente. E pela fé inabalável que é um dom só ao alcance de alguns. Aborda assuntos sociais atuais como o bullying ou a perda de identidade ao seguirmos o que todos seguem em vez de seguirmos aquilo que acreditamos, custe o que custar. A persistência, a confiança e o caráter são características fundamentais neste enredo, tal como o amor. O amor pela mulher, pela mãe, pelo país, por Deus, pela Humanidade no geral. Doss ensina-nos a não desistir não por orgulho e teimosia mas por uma vida de consciência tranquila. E isso é muito bonito. Mais bonito ainda é percebermos que esta história é verídica e que, no final do filme, temos a possibilidade de conhecer as pessoas reais por detrás das personagens... Uma lição de vida para todos os espectadores, crentes ou não.

E depois temos um filme de Mel Gibson, com planos incríveis, inovadores e sempre muito bem apanhados, os cenários tão perfeitos e realistas quanto é possível ser, os efeitos especiais incríveis, arrepiantes até. Há sempre aquela aura de mistério, de incerteza. E depois há graves falhas com os navios da marinha - no meio de um filme tão tecnicamente avançado, ver aqueles segundos são quase dolorosos. No final, o balanço é altamente positivo e aqui está um filme para vermos várias vezes ao longo da nossa vida.


Neste momento está a faltar-me, considerando só os principais, Lion (estou a preparar-me emocionalmente para ele, visto que me dizem sempre que vou chorar 3 dias seguidos), Animais Noturnos, Vedações, Loving, Uma Diva Fora de Tom (que vou deixar para o fim), A Lagosta e Mulheres do Século XX e todos os filmes de animação. Como podem ver, vai ser uma odisseia chegar a domingo com a lição estudada.

E vocês? Como anda isso?


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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

shoes it

Ando ralada com a chegada da meia estação. Se há alturas do ano que me fazem perder a paciência é por volta dos meses de março e outubro - nem está frio nem calor, chove mas não é torrencialmente e está sol mas não o suficiente para irmos descapotáveis. Então os meus imbróglios são sempre os mesmos: calçado e se uso collants ou não. Por minha vontade, ao primeiro raio do sol do ano arrumava os collants para canto e só os voltava a usar quando voltasse a cair neve. E isso é assunto para fazer obstáculo à minha mãe, que com 20º à sombra ainda é capaz de me perguntar se não vou levar mais um casaquinho pelas costas... Só para o caso de esfriar. Quanto ao calçado, é suposto usar botas até quando? E quando é que posso voltar a mostrar os dedos dos pés? E já nem pergunto o tornozelo que eu sou uma insubordinada amalucada que é capaz de usar oxford shoes sem meias no inverno. Bom, por isso é que já ando de antenas no ar à procura do melhor sapatuncho para usar nessas ocasiões que nem-chove-nem-faz-sol. 

Devem ter as seguintes qualidades:
- Terem um salto razoavelzinho para não parecer a 8ª anã perdida da Branca de Neve;
- Devem ser simples e sem pinderiquices. Mas têm que ter pinta;
- Devem ser pretos, cinza, nude ou metalizados - abro exceções para o bordeaux e para o azul só porque sim;
- Devem ter salto quadrado ou, se for em agulha, que sejam baixotes. O ideal é eu conseguir correr 500 metros com eles assim na boa - e digo só 500 metros porque nem com sapatilhas conseguiria correr muito mais do que isso;
- Não devem, de forma alguma, mostrar os dedos dos pés. A ideia é poder usá-los com chuva também.
- Devem pesar menos que a Victoria Beckham, se possível.
- Devem ser perfeitos para usar todos os dias, como as minhas botas todo-o-terreno que uso no inverno ou as sandálias de-todos-os-dias do verão.

Cheguei a estes resultados:
(da esquerda para a direita, de cima para baixo) Mango, H&M e H&M | H&M e H&M | Mango, Seaside e Zara

Querem voluntariar-se para dar uma mãozinha aqui na decisão final? É certo que ainda vou continuar na procura e em cima dos desenvolvimentos das novas coleções, mas só para o caso de esta continuar a ser a melhor seleção...


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