segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Balanços



2018
Caraças. Que ano!


Foi talvez dos anos mais duros que vivi. Foi também o mais triste, extenuante e o ano mais desencantado de todos... É isso, 2018 desencantou-me de muita coisa: das amizades, do valor da vida, da integridade de algumas pessoas, da honestidade,... Foi o ano em que também aprendi mais, muitas vezes da forma mais dura. Aprendi que há pessoas que não mudam nem na doença e que há pessoas que continuam egoístas, independentemente de tudo. Há quem se aproveite dos outros em qualquer situação e quem "sacuda a água do capote" logo que possível. Há também quem mude de valores só por causa de promessas e viva obstinado consigo mesmo. Há muita falsidade nas palavras e nos atos e não falta quem nos quer lixar a vida por ciúmes ou competição.


2018 foi o ano em que perdi a minha madrinha e, pior, que a vi a definhar, todos os dias, e a lutar contra uma doença que já a tinha vencido mesmo antes de a termos conhecido. Foi o ano em que me fui pondo sempre em segundo plano, em que pensei primeiro nela, depois nos meus e só no fim em mim. Foi o ano mais triste e solitário que tive desde que me lembro de ser gente. Foi também o ano que me tornei mais amarga, resmungona, mal humorada, derrotista e chata. Não me reconheço a este ponto. Tenho a sensação que estou sempre de mal com o mundo, com a vida, que nada me satisfaz e nada é suficientemente bom ou agradável para me fazer feliz, como dantes.


E isso, definitivamente, tem que mudar em 2019.


Mas 2018 não teve só coisas más - que seria!
Por incrível que pareça, como tudo na minha vida, foi o ano mais esquizofrénico de sempre. Foi o ano que fiz mais coisas, que risquei itens da minha bucket list que não existe para além da minha cabeça. Foi um ano fértil em superação, a vários níveis...


- Em abril corri a minha primeira prova. Foram 5km mas valeram por uma maratona. Esse foi um dia feliz.
- O meu irmão e o meu primo licenciaram-se - parabéns meus amores!
- Fui a três festivais de verão, o NOS Primavera Sound, o MEO Marés Vivas e o Super Bock Super Rock. Para quem nunca tinha ido a nenhum, dá uma média bem boa!
- Vi o Benjamin Clementine duas vezes e fiquei com vontade de ver a terceira, a quarta, a quinta...
- Finalmente tive o meu tão-aguardado-e-só-pecou-por-ser-tardio encontro com os meus Jamiroquai! Foi em julho e ainda nem acredito que aconteceu mesmo!
- Fui a 4 concertos individuais extraordinários: Benjamin Clementine (que já vos falei), Conan Osiris (OMG o que foi aquilo?!), Angel Olsen (que fofinha!) e Erland Oye, que me deixou absolutamente encantada.
- Fui a dois espetáculos de dança, A Meio da Noite, da Olga Roriz (dança contemporânea) e O Lago dos Cisnes, do Russian Classic Ballet (bailado clássico). 
- Viajei 2 vezes, o que foi incrível, tendo em conta o meu ano até, pelo menos agosto. Nunca pensei que poderia ter a oportunidade de, ainda em 2018, visitar 4 capitais europeias: Londres, Berlim, Praga e Viena.
- Apaixonei-me loucamente por Londres.




- Fui aos Studios do Harry Potter e foi like a dream come true!
- Assisti a um jogo do Arsenal VS Everton no Emirates Stadium. Não é todos os dias que podemos dizer isto ;)
- Fui jantar ao Jamie Oliver e isso também foi um objetivo de vida cumprido. Agora venham as próximas refeições lá...
- Em Berlim, visitei a Bauhaus - o que foi possível, pelo menos - e foi, talvez, o auge da minha viagem. E também fui ao Tate Modern Museum, quando estive em Londres - OMG, OMG!
- Patinei no gelo em Viena - que chiqueeeee!
- Fui a uma festa do Revenge of the 90's e queria ir a muitas mais!
- Fui ao Enterro da Gata e à Receção ao Caloiro - síndrome de Peter Pan nível máximo, I know!
- Dormi num veleiro e velejamos pelo Tejo no dia seguinte, ao longo de mais de 3 horas, com direito a sangria da boa e petiscos!
- Fui ver a exposição da Frida Kahlo.



Mas não foi só isto que foi bom. Estive mais vezes com amigos, bebi muita cerveja e vinho bem bom, fui a festas, a bons restaurantes e diverti-me bastante. Outra das novidades mais bonitas deste meu 2018 foi descobrir que vou ser tia. Uma das Minhas vai ser mamã e eu estou ansiosa por conhecer esse amor.


No final de contas, 2018 foi um ano agridoce. Eu prefiro dar mais destaque ao que foi bom - porque foi mesmo incrível. Claro que o mau nunca é registado e, sinceramente, muito difícil de explicar.


Para o meu 2019 desejo algumas coisas importantes:
Força para enfrentar mudanças,
Paz de espírito e o reencontro comigo mesma,
Pensamento positivo para encarar maus momentos e más pessoas
e o cada vez mais fundamental, SAÚDE para mim e para os meus.


Para vós, desejo que encontrem neste ano tudo aquilo que procuraram nos anteriores e não encontraram, que a vossa mente esteja em paz e que sejam felizes e amados.


Que venha 2019, que 2018 já deu o que tinha a dar.



domingo, 30 de dezembro de 2018

Top Cinema de 2018

Não poderia terminar o meu ano sem fazer um Top 5 dos meus filmes e séries favoritos do ano, certo? Foi um ano fértil em cinema, como sempre, o que prejudicou grandemente as minhas leituras - uma vergonha. Mas vamos lá falar sobre o que de melhor vi em 2018. Se ainda não viram, tratem disso o mais rápido possível!


Os meus 5 filmes favoritos
Aviso que estou com alguns problemas de memória e é muito provável que me tenham escapado alguns bem bons! O que é mais do que certo é que o primeiro foi o mais marcante para mim.


Em 5º lugar

Deadpool 2
Nunca falha. Adoro Deadpool porque é tudo aquilo que menos esperamos ver num super-herói. Adoro o conceito e em particular o guião, que não seria nada sem a brilhante interpretação do fofo do Ryan Reynolds. Mas deixo já aqui escrito que tudo, e mesmo TUDO, o que é Marvel está no meu Top sem ser preciso mencionar.


Em 4º lugar

BlacKkKlansman: O Infiltrado
Foi o último filme que vi este ano e fiquei muito espantada pela forma que o Spike Lee pegou num assunto horrível, violento e vergonhoso e transformou-o num filme incrível como este. BlacKkKlansman é leve sem ser superficial, é engraçado sem ser desrespeitoso, capta a alma de ambas as partes e inclui interpretações maravilhosas. Conta uma história hilariante - que até me custa acreditar que é real - que merece destaque. Não vou contar muito mais. Só quero que não deixem passar muito tempo sem verem este filme. Ok?


Em 3º lugar

O Quadrado
Já falei imenso deste filme aqui. É sueco, esteve nomeado para os Oscars e é maravilhoso.


Em 2º lugar

A Quiet Place
O segundo melhor filme do ano. Não é uma masterpiece pelo tema, mas da forma como é abordado. Achei maravilhoso a forma de como foi explorada a comunicação e a extraordinária capacidade de adaptação do ser humano. É um filme de terror que fala de muito mais do que simplesmente aliens. Na verdade eles nem são o foco do filme. E nem precisamos de falar sobre o incrível trabalho da Emily Blunt e do seu super marido John Krasinski - que neste caso é ator e realizador. Vale TÃO a pena ver A Quiet Place...


Em 1º lugar

Call Me By Your Name
Acho que ainda não sei descrever este filme e o quanto me fez chorar como uma Maria Madalena. Leiam o que escrevi aqui. Comecei por dizer, em fevereiro, que achava que este seria o meu Capitão Fantástico de 2018. E foi mesmo.


Menção Honrosa

Tully
Podia fazer tantas menções honrosas, mas não ia ficar bem sem falar de Tully. Comecei por achá-lo bonito e simples, mas quando o filme terminou é que compreendi de facto a qualidade do que tinha acabado de ver. Tully é obrigatório para todas as mães, maridos e filhos. É um filme tão cru e real que arrepia. Vale tão a pena!


As minhas 5 séries favoritas
Este foi, sem dúvida, um ano de séries. De novas séries e de continuação de séries antigas. Selecionei as minhas 5 favoritas.


5º lugar

Suits
A nova temporada já não conta com Mike nem com a Rachel, por motivos mais do que óbvios, mas a série foi reforçada com Katherine Heigl. Continua a ser uma história interessante e com casos que entretém e nos mantêm coladinhos ao ecrã, sempre com a maior pinta de sempre.


4º lugar

Gossip Girl
Vai ser sempre a minha série do coração - e o Sex and the City, claro - e a Blair e o Chuck vão ser sempre o meu couple goals, e esta cena será sempre uma das minhas favoritas. Mas fora preferências pessoais, esta série tem toda uma produção surreal, que vai dos cenários ao guarda-roupa e às voltas e reviravoltas do script. É uma série light, para desenjoar das séries mais pesadonas como eu já vou referir em baixo, ou dos filmes mais intensos. É uma série para fazer sonhar, também. E também foi por isso que a revi bem no final de 2018, para me relembrar de algumas coisas da vida que já me tinha esquecido...


3º lugar

The Crown
Foi uma agradável surpresa. Comecei a ver The Crown quando as minhas outras séries tinham terminado e não sabia o que fazer. Fiquei tão viciada e tão interessada nesta história da Coroa Britânica e na história particular da Rainha Elizabeth, que aguardo ansiosamente o regresso, já no início do próximo ano!


2º lugar

Handmade's Tale
É assustadora. Praticamente um terror psicológico que me tem incomodado cada vez mais, porque vejo que se está a fazer caminho para que este guião se transforme cada vez mais em realidade. E não deve haver nada mais assustador do que isto. Se há série que toda a gente deveria ver - e refletir muito a sério sobre ela - é esta Handmaid's Tale. Vejam, mas preparem-se para ficar incomodadas... Afinal, o cinema serve para isso mesmo não é?


1º lugar

Black Mirror
Quem nunca viu Black Mirror deve fechar este blog imediatamente e tratar de resolver este assunto. É só das melhores coisas que tenho visto por aí. De verdade. Ninguém deveria passar para 2019 sem conhecer esta série. Ninguém. Há coisas aqui surpreendentemente possíveis e viáveis. Estaremos preparados? Venha de lá a próxima temporada!


Menção Honrosa

Sharp Objects
Já falamos sobre esta série aqui. Não era justo não a mencionar.


E a vossa lista é muito diferente da minha?



sábado, 29 de dezembro de 2018

Bird Box



Quando estive em Berlim, no final de novembro, tropecei nos preparativos de uma premiere dum filme da Netflix Bird Box. Ainda não tinha ouvido falar, mas depois de pesquisar, apercebi-me que entravam atores como a fofa da Sandra Bullock, a Sarah Paulson e ainda John Malkovich. Podia ter-me cruzado com eles, mas não aconteceu, infelizmente.


Esta semana fui pôr os filmes em dia - já que tive que terminar Gossip Girl - e encontrei esse mesmo. Fui espreitar. Gostava muito de vos dizer que o filme é incrível e super-tudo, mas a verdade é que é só mais do mesmo. Aviso já que este post contem spoilers!




Começamos com Malorie (Sandra Bullock) grávida e sem grande vontade de ser mãe a deparar-se com o apocalipse. Algo está a "consumir" as pessoas e a torná-las suicidas. Depois de ver a sua irmã a atirar-se para a frente de um autocarro, Malorie refugia-se numa casa, juntamente com um grupo bastante heterogéneo - e muito estereotipado, diga-se - de pessoas que também conseguiram escapar. Percebem mais tarde que não podem olhar para o exterior ou serão possuídos também por algo ou alguém - who knows? - e em breve cometerão suicídio. Escusado será dizer que apenas Malorie escapa com vida, certo? Ela, o seu filho, que entretanto nasce, e a filha de uma rapariga que também pertencia ao grupo e que deu à luz ao mesmo tempo que Malorie e que esta lhe prometeu que cuidaria dela se algo lhe acontecesse. Em suma, o filme gira em torno da sobrevivência e da adaptação dos hábitos diários ao novo estilo de vida. Tapar janelas, usar vendas no exterior, aprender a ouvir o que os rodeia... 


O filme decorre ao longo de 5 anos. Começa com Malorie a conversar com as duas crianças - de 4/5 anos - sobre uma aventura perigosa que terão que fazer para conseguirem sobreviver, claro, sem nunca tirarem as vendas. E depois vamos intercalando entre o passado, quando tudo começou e Malorie ainda estava grávida, e o a viagem de 2 dias de barco, às "escuras", sozinha com duas crianças e 3 pássaros numa caixa, para encontrar abrigo numa comunidade que nem tinha a certeza que existiria.




O maior problema deste filme são as pontas soltas que até são interessantes em alguns contextos, mas neste caso, é só desleixado e preguiçoso. Nada é respondido no final do filme: quem ou o quê provoca estes sintomas de loucura? de onde vieram? como podem ser combatidos? essas criaturas não poderiam entrar nas casas? porque é que algumas pessoas são imunes ao suicídio? porque é que também têm o mesmo efeito se forem vistas através das câmaras de vigilância? quem são as pessoas que se cruzaram com Malorie na casa? para onde foi o casal que fugiu? porque é que as duas deram à luz no mesmo momento? porque é que o Gary fazia tanta questão de olhar para os bebés? como é que conseguiram criar 2 crianças saudáveis ao longo de 5 anos se quase nem conseguiram sobreviver a uma visita ao supermercado que ficava a 800 metros? como é que ao longo dos anos ainda tinham água, luz, gás? quem criou a comunidade para onde Malorie foi? porque é que as criaturas não entram ali? porque é que os pássaros reagem daquela forma? reagem assim por causa das criaturas ou por outro motivo?


Como vêem, o que não faltam são perguntas que não foram respondidas. Além desta critica, aponto outra que também já li várias vezes por aí: a similaridade ao A Quiet Place, que já vos falei aqui e que foi dos filmes mais fixes que vi este ano. A premissa é a mesma: neste não é permitido olhar, no outro não é permitido falar/fazer sons.


Mas não me interpretem mal. Eu gostei do filme, apesar de todas estas críticas, especialmente porque a prestação da Sandra Bullock é, como sempre, muito boa e convincente, tal como a fotografia, os cenários, a luz... Além disso, há momentos de tensão e de entretenimento. É um filme de domingo. Se quiserem um a sério, então aconselho o A Quiet Place... Não se vão arrepender ;)



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Presentes para o Pai e para a Mãe



Dar um presente à mãe e ao pai é sempre uma tarefa complicadíssima! Falo por experiência própria. Acho sempre que nunca é suficiente mas também não convém esticar muito o valor das prendas, ou lá se vai o orçamento para o resto... E afinal, os nossos pais vão sempre gostar do que lhes oferecermos, não é? Mas não convém abusar da sorte ;)


Selecionei algumas ideias para oferecer às pessoas mais importantes do mundo e dividi em dois grupos: presentes abaixo dos 30€ e acima dos 30€.


Importante!
Cliquem na legenda para abrirem o site em causa.


Para os Pais
(abaixo dos 30€)
O novo livro do Ricardo Araújo Pereira, uma agenda solidária, um carregador sem fios ou uma máquina de café são bons presentes para os pais que andam sempre em movimento e gostam de se manter atualizados. Se o vosso pai for mais estiloso, porque não uma carteira gira ou umas meias cheias de pinta? Para os pais-enólogos, nada melhor que um kit-festa, que inclui 1 garrafa de espumante, 2 copos de champanhe e um balde para o gelo, ou o kit-jantar para os pais que gostam de um vinho maduro de qualidade, com 2 copos e um saca rolhas.

P.S. Se não percebem nada de vinhos, vão por mim, o Papa Figos é muito bom, tendo em conta o preço/qualidade. E é o meu favorito, portanto...



Para o Pai
(Acima dos 30€)
Os pais com pinta merecem uns sapatos, uns óculos de sol, uma gravata ou umas luvas cheias de estilo. Se o vosso pai for fã de desporto, vai ficar doido com os bilhetes para o Estoril Open. Os pais workaholics vão adorar esta mochila para portátil e documentos. Se o querem impressionar com um vinho daqueles bem bons, então este é uma excelente opção. Na dúvida, um perfume calha sempre bem.

Pack Final Estoril Open e Mochila Fnac | Sapatos, Luvas, Óculos de Sol e Gravata Massimo Dutti | Perfume 212 Perfumes & Companhia | Vinho Grous Continente


Para a Mãe
(Abaixo dos 30€)
As mães são um pouquinho mais fáceis de contentar. Encontramos muitas coisas no mercado a bom preço, bonitas e úteis. Sugiro aqui algumas. Para as mães vaidosas, um cinto, uns brincos, um batom, um lenço ou uma carteira de festa são boas opções. Para as mães que gostam de andar quentinhas mas em bom, porque não umas luvas originais, uma boina ou um casaco de malha diferente? Para as mães que gostam mesmo é de cultura, um livro é sempre bem vindo ou um bilhete para um concerto.



Para a Mãe
(Acima dos 30€)
Já que nos podemos esticar um pouquinho, podem optar por oferecer peças clássicas e com muita qualidade, ou peças originais e diferentes daquilo que a vossa mãe tem normalmente no roupeiro. Um sobretudo, uma camisa branca com um twist e uma carteira navy são peças-obrigatórias para todas as mães. Se a vossa não tem alguma ou se precisa de fazer um upgrade, aproveitem a oportunidade ;) Ela vai adorar! Para as mães mais vaidosas e que adoram um bling-bling aqui e ali, estas luvas são demais, e os sapatos então... Para as mães todo o terreno, as sapatilhas são a melhor opção e o perfume é para quem não sabe bem o que oferecer - ou não teve tempo de procurar. É a opção segura!
Sobretudo Mango | Blusa e Luvas Uterque | Sapatos Eureka | Sapatilhas Adidas | Perfume Chloé Perfumes & Companhia | Anel e Carteira Tous


Então? Já escolheram o presente para os vossos papás?
Eu já tenho as minhas compradas e prontas a entregar :) 
Aproveitei a minha última viagem para isso.

(E no caso de a minha mãe ou o meu pai espreitarem esta lista, fiquem a saber que a vossa não está aqui! Ehehehe) 



Fim de Semana


Foi um fim de semana cheio de temporal, mas muito bom, já com muito cheirinho e gostinho a Natal. Finalmente comprei as molduras que queria para emoldurar os meus souvenirs de Berlim. Só falta arranjar o sítio perfeito para as pendurar. 


Embrulhei presentes de aniversário e de Natal e este ritual deixa-me sempre muito bem disposta, até porque comprei o papel de embrulho mais giraço de sempre!


Fui almoçar a um restaurante incrível, lindo, com uma vista mesmo à Norte do país. Comi bem e bebi melhor... Aliás, o fim de semana foi rico em bons vinhos - quem diria que algum dia ia dizer isto e até andar à procura de sugestões no Google e em busca dos melhores preços nos supermercados, não é?


Foi também um fim de semana para a família, mais calmo, com sossego. Fizemos rabanadas que, apesar de não gostar, aprecio o cheirinho que fica pela casa. E fizemos planos para o Natal que finalmente vai acontecer na minha casa e eu estou entusiasmada.


E o vosso fim de semana, foi bom?


A minha semana cheira-me que vai ser sempre a abrir. Entre o trabalho que vai começar a apertar - até à passagem de ano vai ser a loucura - e os encontros para jantares/juntares de Natal, compras que preciso de fazer e ainda ginásio mais uma ou duas marcações... Não sei se vou ter tempo de dormir até ao dia 24 de dezembro. 


Mas está tudo bem. 
É Natal, está tudo bem! :)



sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Jantares de Natal de Amigos



Já falamos dos jantares com os colegas de trabalho aqui. Mas é importante agora falar sobre o que vestir quando envolve o nosso grupo de amigos com quem decidimos partilhar momentos felizes como os Jantares de Natal.


Eu acho sempre que nestas alturas, as lantejoulas e brilhos são sempre uma excelente opção - se não for agora, quando será? - ou o vermelho, que é festivo e sexy. Mas não vamos impor regras. Cada um usa aquilo que quiser, tiver e se sentir bem. Da mesma forma que nem sempre é necessário pôr o maior salto alto e o vestido sem costas para se estar em bom. É preciso enquadrar e compreender o local do jantar, os planos para a seguir ao jantar e, mais importante que tudo, o nosso próprio estilo.


Posto isto, vamos lá testar 4 cenários diferentes.


Jantar em Casa
Quer sejam os anfitriões ou convidados para jantar em casa de amigos, por favor não deixem de lado o mood mais elegante e festivo. Mesmo que seja em casa, é um momento especial, de partilha, que se vão recordar, certamente, no futuro. Portanto, podem ir mais confortáveis do que se fossem sair, mas sem exagerar. Eu sugiro umas calças em lantejoulas e uns brincos XXL e manter o resto bem básico e confortável. Se acharem que as calças de lantejoulas não são bem a vossa praia, invertam: uns jeans e uma camisola com brilhos. Feito!

 Calças, Botins e Batom Zara | Camisola H&M | Brincos Parfois


Jantar num Restaurante
Se marcaram o vosso ajuntamento num restaurante porreirinho, podem optar por um conjunto mais elaborado, sem parecer too much! E se não forem grande fãs de brilhos e lantejoulas, o veludo é igualmente tão apropriado quanto festivo para esta época. Eu cá adoro este conjunto, que tem tanto de pintoso como de festivo e descontraído ao mesmo tempo.
Casaco, Carteira e Sapatos Zara | Top e Calças H&M | Brincos Mango


Jantar + Bar
E então se a noite se prolongar por "mais um copinho"? É importante que estejam giraças, claro, mas confortáveis também. Foi por isso que pensei neste look super-festa e cheio de pinta, mas confortável ao mesmo tempo (rasos), perfeito para dançar toda a noite. Posso admitir já aqui que este é a minha cara! É sexy, descontraído e improvável... Adoro!
Camisola H&M | Saia, Botas e Fita Zara | Carteira Uterque | Pendente Casa Batalha


Jantar Formal
Por fim, para quem opta por um jantar mais formal, num restaurante/quinta/hotel mais requintado, então acho que deve caprichar mais, até porque momentos destes não acontecem todo o ano, certo? :) Estou muito apaixonada por este vestido vermelho, que acho mais do que perfeito para esta época de Natal e que pode ser reaproveitado de mil e uma maneiras, para eventos ou para o dia a dia, sem qualquer dificuldade.
Vestido H&M | Clutch Parfois | Casaco, Brincos e Sapatos Zara


Que tipo de jantar vai ser o vosso? Contem-me lá...



quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Amigos Secretos



Jantares com amigos secretos à vista?
Não se preocupem. Deixo-vos uma lista com vários presentes até 5€. 
É só escolher o melhor...

(Cliquem nos links em baixo para irem para as lojas online)


Garrafa de Vidro, Moldura e Vela Ikea | Meias Lefties | Gancho Parfois | Porta-Cartões Mango | Caderno, Necessaire e Manta Primark | Pesos Decathlon | Vernizes H&M

Batedor de Leite, Caneca e Manta Ikea | Saco de Desporto e Relógio Decathlon | Gorro Primark | Meias Lefties


E então? Prontos para serem os Melhores Amigos Secretos? ;)



Berlim



Que maravilha que Berlim foi. É uma capital moderna, prática, funcional e até um bocado fria - e não me estou a referir apenas à temperatura. Os alemães têm um jeito muito próprio de ser e dizer que são antipáticos não é muito simpático da nossa parte. Claro que há gente querida e amável por lá, nós encontramos algumas, mas mais do que isso, os alemães são pragmáticos. Não têm que ser simpáticos connosco só porque existimos e porque estamos ali. Têm que fazer o seu trabalho e fazê-lo bem feito, ponto final. Tudo bem, apesar de no início ser um choque não nos sorrirem de volta.


Mas vamos voltar ao que interessa: a cidade!


Onde fiquei?

Escolhemos o Generator Berlin Mitte: um hostel muito jovem, moderno e animado e cheio de boa onda, perto de Alexanderplatz. Tem uma estação de metro a dois passos de distância, bar/restaurante e condições incríveis. Os preços são simpáticos. Eu partilhei um quarto misto com 4 camas e WC privado e a experiência foi muito boa. Reservamos através da plataforma Hostelworld - que já usei algumas vezes e nunca me falhou!


Onde comi?

No primeiro dia, mal chegamos, fomos ao Sixties Diner. É um sítio super giro e super Pulp Fiction que adorei conhecer. Os hamburguers eram maravilhosos - ou era a fome? - e o pormenor da jukebox onde podíamos escolher as músicas que queríamos ouvir sem sair da nossa mesa foi mesmo giro. Ponto negativo para a funcionária mais antipática de sempre - a única que foi realmente carrancuda. Aconselho pela experiência e pela comida.


No dia seguinte almoçamos no L'Osteria. E que almoço, meus senhores. Para começo de conversa, o restaurante italiano era giríssimo, provavelmente dos mais bonitos e agradáveis onde já estive. Moderno mas sem ser pretensioso. Os funcionários foram agradáveis e disseram logo que uma pizza dava para duas pessoas à vontade - e dá mesmo! As pizzas eram de comer e chorar por mais e a cerveja era maravilhosa... Que belo almoço aquele... Fica afastado do centro e os preços são bem acessíveis - foi mais barato do que o jantar da noite anterior.


O jantar desse dia foi no hostel, mas posso dizer-vos que não vale a pena provar os nachos!


O que visitei?

Começamos o dia no East Side Gallery, onde ficam os 2km do Muro de Berlim. Basta uma curtíssima viagem de metro até lá e percorrer aquele passeio com aquele pedaço de história do nosso lado. Há sempre gente a fotografar, mas não havia multidões. Não contem com um muro enorme e alto. É um muro como todos os outros, mas pintado. Existe também um pedaço pintado pela portuguesa Ana Leonor. Vale a pena passar por lá.


As Portas de Bradenburgo são monumentais. Fica no fim da Unter der Linden, a grande avenida de Berlim. É um bom sítio para tirar a fotografia da praxe. Mais à frente, do lado direito, encontram a Reichstag ou o Parlamento Alemão, que é um edifício monumental, bonito e enquadrado. Nós não entramos, mas existe uma cúpula em vidro que dá para ver Berlim em 360º. Para o fazer, têm que agendar a visita com antecedência, mas a entrada é gratuita. 

Do lado esquerdo de quem vem das Portas de Brandenburgo, encontramos o Denkmal für die ermordeten Juden Europas, ou o Memorial aos Judeus Mortos da Europa. Este deve ser o Monumento aos Judeus mais famoso de sempre. Eu achava que não ia ter qualquer sentimento ali, naquele aglomerado perfeito de quase 3 000 blocos de cimento, mas a verdade é que me senti pequenina, sozinha - é fácil de nos "perdermos" ali - e isolada - é como se a cidade ficasse longe dali, e a verdade é que estávamos bem no centro. Ajudou não estar quase ninguém por perto. Aliás, Berlim estava deserta naquele dia... Não podem mesmo perder essa visita!

Seguimos para o Tiergarten, o jardim mesmo em frente a todos estes monumentos que referi. Descreveram-no como um dos mais bonitos da cidade, mas ou eles não têm muitos jardins ou eu tive azar. Claro que as árvores não estavam verdejantes e havia amontoados de folhas secas em todo o lado... E um sossego... Foi um passeio giro, porque tínhamos que seguir naquela direção, mas acredito que no verão ou na primavera seja algo muito mais bonito.


Se só pudesse ver uma coisa em Berlim seria a Bauhaus. Depois de uns bons 30 minutos a caminhar, demos com o edifício digno de visita e de montes de fotografias, mas batemos com o nariz na porta! Estava abandonado, vazio. Quase que chorei ali mesmo. Depois fiz uma pesquisa no Google que dizia que o Museu estava temporariamente encerrado mas existia um edifício temporário que poderia ser visitado. Mais uns 30 minutos de caminhada - paramos para almoçar a meio - e encontramos aquela pequena loja. Pensei que fosse a entrada para o museu e fui à senhora do balcão perguntar onde podia comprar os bilhetes. Disse-me que não existia museu naquele momento porque para o ano a Bauhaus celebra 100 anos de existência e, por isso, estão a preparar uma abertura em grande. Neste momento só existe aquele espaço, com pouquíssima informação sobre a primeira e maior escola de design de sempre - até me arrepio só de pensar em tudo o que aconteceu no mundo por causa de pessoas como o Walter Gropius, Kandinsky, Klee, Mies van der Rohe, entre tantas outras... - e artigos para compra. Não resisti e comprei um livro sobre a escola e três postais com pinturas de Wassily Kandinsky, que é o meu pintor favorito - a par do Toulouse Lautrec, claro - e que pretendo emoldurar e pendurar numa parede com destaque cá em casa. E ter muito orgulho em tudo isso... A arte faz-me tão feliz... Aconselho vivamente a que pesquisem sobre a escola e, se por acaso forem a Berlim em 2019, não percam esta oportunidade! 


Querem que faça um post sobre a Bauhaus aqui? 
Podem ler um pouquinho do que escrevi aqui em 2012.



Depois desta visita continuamos caminho no sentido inverso. Passamos por Friedrichstrasse, Postdamer Platz, visitamos o Checkpoint Charlie, que vale pelo seu simbolismo - era o ponto de passagem entre a Alemanha ocidental e a oriental, que estava dividida pelo Muro. São tudo pontos de referência que vale a pena conhecer ao longo da caminhada. Que nem custa muito, porque Berlim é uma cidade bonita e que fica toda iluminada no Natal.

Terminamos o passeio de novo em Unter den Linden, e aí procurei a Bebelplatz (de costas para as Portas, à direita) por causa do monumento em memória aos livros queimados pelos nazis. É muito simples e tão simbólico: um vidro no chão que deixa ver prateleiras brancas vazias, simbolizando os livros que foram queimados ali mesmo, por serem considerados perigosos ou ofensivos pelos nazis. Poucas pessoas sabiam essa história. Eu, como amante de livros e de conhecimento, não fiquei indiferente.



Nesse dia seguimos para o hostel, onde comemos e descansamos - devemos ter caminhado uns 20km à vontadinha. No dia seguinte, depois do check-out, seguimos para Alexanderplatz onde visitamos o Mercado de Natal (mais um) e fomos ver o famoso relógio que marca os fusos horários em vários pontos do mundo, incluindo Portugal Continental e Ilhas. Dessa praça apanhamos o autocarro que nos levou até Dresden e daí a Praga.


O que perdi?
Todos os museus em Berlim. Não visitamos a Ilha dos Museus, mas não tivemos mesmo tempo para o fazer. Na minha lista ainda tenho, pelo menos, o Museu de Pérgamo para conhecer, numa próxima.
Também não experimentei nenhuma comida típica de Berlim, que se resumem a salsichas. Mas já comi um cachorro em Frankfurt, portanto... Também não fui a nenhum bar nem a nenhuma loja de artigos em 2ª mão que toda a gente fala e que eu não encontrei em lado nenhum. Ah, e Bolas de Berlim, nem vê-las!


Sobre Berlim


Gostei imenso da cidade, apesar de a achar meio deserta para uma capital europeia, o que não é uma desvantagem, mas não percebi bem o porquê. Senti-me sempre segura em todo o lado, havia postos de polícia em várias avenidas, vários carros patrulha (de manhã e de noite) a passar, tudo bastante seguro. O metro é mais antigo do que, por exemplo, o de Londres, mas funciona bem e o ambiente é muito tranquilo. Há gente a pedir esmolas, mas de forma muito digna e não têm mau aspeto. Por exemplo, vimos um senhor a pedir no metro e depois a sentar-se e a ler o jornal, como uma outra pessoa qualquer. A cidade era limpa e muito organizada. Os monumentos estão bem preservados e tudo tem um aspeto asseado, cuidado e estimado. É uma capital bem mais calma e organizada do que nas outras onde já estive.

Como pontos negativos, anoitece demasiado cedo, tipo às 16h30 é noite cerrada, o atendimento nem sempre é muito bom, os restaurantes que não sejam fast food são carotes. Fica tudo bem mais caro porque em todo o lado somos instigados a pagar a tip. Aliás, os funcionários fazem questão de nos perguntarem quanto é que queremos dar de gorjeta e que o "aceitável" são 10% do valor final. Não gostei dessa atitude.

Em resumo, acho que Berlim é uma cidade magnífica, que ainda vive muito virada para a sua história da II Guerra Mundial e a Guerra Fria - mais de metade da cidade foi destruída e teve que ser erguida de novo. Gostei imenso, senti-me bem e um dia gostava de voltar pelos museus. Se estiverem a pensar numa viagem pela Europa, Berlim deve de estar nos vossos planos. 2 dias são o suficiente para conhecer bem a capital.



terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Jantares de Natal da Empresa



Quem não os tem?


E quem de nós não pondera muito bem o que vestir? Se por um lado queremos ir festivas e elegantes, por outro não nos podemos esquecer que vamos estar com colegas de trabalho e é importante respeitar algumas "regras" que não se aplicam a jantares de amigos. Claro que há exceções e quem tem a sorte de trabalhar em sítios descontraídos, onde os colegas de trabalho são também amigos, facilita muito as contas. Mas vamos considerar aquelas pessoas que não têm esse plus.


Já sabem as regras de ouro: evitar transparências em sítios impróprios, saias e vestidos muito curtos, decotes exagerados... You know! Normalmente diria brilhos e saltos muito altos, mas como estamos a falar desta época do ano e de festas mais sofisticadas - e só nesses casos! - abre-se uma exceção. Se o vosso jantar for mais simples e casual, podem apostar em algumas peças com brilhos e lantejoulas, como um casaco ou uma camisola/top, mas tentem combinar, por exemplo, com jeans ou com um calçado mais informal para contrastar.


Então, vamos a isso! Dividi os looks em dois grupos: os jantares formais, que implicam que os colaboradores se vistam a rigor, e os jantares informais, que não sendo tão fancy, é importante ir mais festiva e mais sparkly do que no dia a dia, certo?


Jantares Informais
Um vestido preto nunca compromete e é a forma mais fácil de não falhar nunca. Acrescentem uns acessórios mais brilhantes e especiais. Esta é uma opção perfeita para quem não quer dar nas vistas e ainda assim estar impecável!
Sobretudo Zara | Vestido e Clutch Mango | Botins Uterque | Brincos Bimba y Lola


Podem usar sempre um vestido mais "festa" e uns acessórios mais elaborados e ainda assim irem simples e adequadas. Afinal, todos os Jantares de Natal são especiais, não é?

Vestido, Sapatos e Brincos Zara | Sobretudo Mango | Clutch Aldo


Jantares Formais
Ando mortinha por me atirar a um fato. Mas tem que ser um senhor-fato, estampado ou com uma cor bem tchana. E se eu tivesse que escolher, era um look como este aqui em baixo que eu usaria sem duvidar um segundo. Elegante, distinto, pintoso... Tudo de bom! Tão a minha cara... (Dá para acreditar na perfeição destes sapatos?). É assim que podem ir aos jantares mais formais, em quintas, hotéis ou restaurantes XPTO organizados pela empresa. Chamam a atenção apenas porque toda a gente vai querer aquilo que levam vestido!
Blazer e Calças Zara | ClutchBrincos Mango | Sapatos Uterque


Se quiserem algo mais "normal" mas ainda assim chamar a atenção, então aqui está uma boa sugestão: umas calças clássicas combinadas com toooodo um conjunto de peças básicas, mas uma blusa cheia de brilho, que faz toda a diferença! E os sapatos também ;) E como plus, podem dançar a noite toda sossegadas!
SobretudoCalças e Brincos Mango | Blusa e Sapatos Zara | Clutch Parfois


Estão convencidas? :)
Venham de lá esses jantares!



segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Fim de Semana


O meu fim de semana foi sossegado. Comecei a sexta à noite a assistir ao bailado O Lago dos Cisnes da Russian Classic Ballet e foi maravilhoso! Toda a gente devia assistir a um espetáculo destes pelo menos uma vez na vida... Foi uma inspiração!


O sábado começou tarde - acho que ainda não repus o sono das férias - e prolongou-se com algum trabalho de secretária. Depois do jantar fui às compras. Precisava de um caderno e de procurar um presente para uma pessoa. Não encontramos o que estávamos à procura, mas valeu a pena a incursão só pela visita à Fnac - sou só eu que quer trazer tudo para casa?


O domingo foi igualmente tranquilo, com cappuccinos e trabalho e uma overdose de Gossip Girl que me anda a fazer tão bem! E muuuito planeamento para esta semana que começa e que já promete dar luta!


Quanto aos posts de Natal, confesso que tenho alguns meios prontos, meios por terminar, mas a inspiração não tem estado em alta. Talvez porque ainda não sinto o Natal a chegar, como nos anos anteriores, mas vou esforçar-me mais, prometo ;)



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Começar pelo início


Viagens. Talvez o meu tema favorito de todos.
Gosto de ler, de saber, de conhecer, de pesquisar, de marcar, de planear... E ainda assim gosto de ir meio ao desconhecido, meio de olhos fechados e deixar-me envolver no frenesim do destino escolhido.


Tenho sorte. Este ano consegui conhecer 4 capitais europeias, algo que nem sequer imaginava que pudesse acontecer, especialmente tendo em conta a forma de como metade do meu 2018 correu. Mas cá estou eu a partilhar convosco a minha última viagem do ano. Planeio dividir isto em quatro posts, para não os tornar demasiado extensos e para que vocês consigam ler apenas aquilo que vos interessa sem se aborrecerem. Por isso, cá vai a ordem da divisão: neste post vou falar um pouquinho de tudo, como marquei, como decidi o roteiro, como organizei o tempo entre as diferentes cidades, transportes que utilizei... Bom, mais a parte logística. Depois vou falar individualmente de cada um dos destinos pela ordem da visita: Berlim, Praga e Viena. Vou falar sobre a zona onde fiquei alojada, o que comi, o que visitei, custos, a minha perspetiva sobre a cidade (segurança, organização, limpeza, etc.), o que mais gostei, o que menos gostei e ainda o que faltou fazer.


Estou a esquecer-me de alguma coisa?
Se sim, digam-me!


A viagem começou a ser pensada no início deste ano e desde aí sofreu mil e uma alterações, entre as quais, o destino - que começou na Ásia, passou para África, terminando na Europa mas num registo diferente do que acabou por se tornar. Começamos com 3 elementos, aumentamos para 4 e terminamos com 2. Era para ser feita na última semana de outubro, mas acabou por ser arrastada por mais um mês. Mudar de ideias é normal, faz parte! Bem como a vida das pessoas e a disponibilidade... Portanto, primeiro conselho: não se aborreçam se as coisas não correm bem como vocês querem ou planearam... Vão encontrando alternativas e mantenham a vossa mentalidade aberta.




O Destino
Como disse, o destino não era para ser este que acabamos por fazer. Primeiro pensamos em Malásia, depois Marrocos, ponderamos Itália, Londres, Paris e ainda outros países/cidades. O que nos levou a não escolher estes destinos? O primeiro era por uma questão de tempo: não vale a pena mudar de continente por apenas 7 dias, sabendo à partida que pelo menos 2 dias são perdidos na viagem. Ou seja, se quiserem visitar um destino mais longínquo e que implique muitas horas de viagem, o ideal é reservar uns 12 ou 15 dias. Os outros era mesmo por uma questão dos preços dos voos que não se justificavam. Então, durante as pesquisas por voos baratos, encontramos Berlim. Bom preço, a partir do Porto, na data que queríamos ir. Perfeito! Depois começamos a estudar hipóteses: não queríamos estar 7 dias na mesma cidade - que tédio! Chegamos à combinação perfeita de Berlim (Alemanha), Praga (República Checa) e Viena (Áustria). Podíamos ter escolhido outras cidades dentro de apenas um país, por exemplo, podíamos ter escolhido cidades que não fossem capitais, mas optamos assim, por correr 3 capitais em 7 dias.

Conselhos:
- Se optarem por este tipo de viagem, preparem-se para andar MUITO. Preparem-se para descansar pouco e para absorver tudo muito rapidamente. Se acharem que não se sentem confiantes com esta dinâmica, escolham apenas 1 cidade e explorem-na bem.




Os Transportes
Coordenar esta parte nem sempre é fácil, é um facto. Arranjamos um voo barato para Berlim. Depois fomos pesquisar formas de viajar entre os países e descobrimos que as viagens em transportes públicos são bem acessíveis, mas os preços mudam com MUITA rapidez (passam de 9€ a 40€ num instante). Optamos pelo autocarro de Berlim até Praga e pelo comboio de Praga para Viena. A grande vantagem: preços muito acessíveis. A grande desvantagem: o tempo que demora (4 a 5 horas de viagem). Mas os transportes têm muita qualidade, são confortáveis, quentinhos, dá para dormir, têm wi-fi gratuito... São uma excelente opção para quem quer saltitar de cidade em cidade. No regresso, encontramos outro voo escandalosamente barato, mas para Faro. Daí partimos para o Porto. O grande problema? Chegávamos a Faro às 8h da manhã e só partíamos às 20h. Uma grande seca, especialmente porque estávamos cansadas por já termos passado a noite no aeroporto de Viena. Mas valeu a pena pelo preço dos bilhetes.


Conselhos:
- Se tiverem a liberdade de meter férias quando quiserem, testem escolher várias datas no site da companhia aérea. Por vezes a diferença de preço de um dia para o outro é abismal e convém mesmo perder um pouco de tempo a testar possibilidades. Deixem o plano em aberto e sejam recetivas ao que vier. Será sempre bom!
- Optem pelos transportes públicos. Por norma, são mais baratos, mais seguros e com horários fixos. Deixem os táxis e ubers para emergências ou para situações onde não existem mais opções. Especialmente nas principais capitais europeias, os metros e autocarros funcionam mesmo muito bem e os custos são reduzidos. Em Viena, por exemplo, paguei 2€ e qualquer coisa para usar durante 24 horas aquela linha, a principal e a única que precisamos, à exceção de quando fomos para o aeroporto, que era numa linha diferente.
- Pesquisem sempre os comboios e autocarros para viajar de um país para o outro, especialmente quando as cidades são próximas. Normalmente compensa e bem o preço.




Os Alojamentos
Reforço que os alojamentos devem ser reservados com antecedência, o que não voltou a acontecer e pagamos, literalmente, a conta. Como reservamos tudo na semana antes da viagem, grande parte dos alojamentos já estavam esgotados e os que sobravam ou eram afastados do centro, ou caros ou tinham características que me faziam torcer o nariz. Características como: partilhar quarto com desconhecidos (homens e mulheres), partilhar casas de banho e sítios menos bonitos. Entre todas estas características, tivemos muita sorte, tenho a dizer. Optamos por hosteis nas duas primeiras cidades, onde na primeira partilhamos quarto com mais 2 pessoas e na segunda cidade partilhamos apenas a casa de banho, o quarto era privativo. Em Viena ficamos num hotel mas partilhamos o WC. Ou seja, tínhamos duche e lavatório no quarto, mas a sanita era partilhada pelo piso... Podem-se rir, que eu também me ri! Este foi o mais caro de todos e não compensou, de todo, o valor. Mas, tal como eu disse, devido às nossas reservas tardias, foi o melhor que se arranjou. Quanto aos outros hostels, nada a apontar. O de Berlim era incrível, super jovem, limpinho, giro e cheio de pinta (muito instagramável). O de Praga era mais simples, mais checo. O quarto cheirava a cigarro que tresandava, mas tirando isso, nada a apontar. Tivemos direito a pequeno-almoço, as casas de banho eram modernas e limpas, o quarto tinha o essencial e o edifício era lindíssimo, antigo e cheio de história. A localização era perfeita.

Conselhos:
- Escolham os alojamentos com o máximo de antecedência possível. Não se vão arrepender.
- Antes de reservar, pesquisem as zonas centrais e tentem reservar sempre por esses lados. Eu sei que fica mais caro, por norma, mas vão poupar tempo e dinheiro em transportes... Na maioria dos casos, compensa.
- Não tenham receio de partilhar quarto com estranhos. Na verdade é uma forma de pouparem imenso dinheiro (o preço da cama é muuuuuito mais baixo do que o preço de um quarto, como é lógico). Optem por camaratas de 4 pessoas, por exemplo. Por norma não há problemas, é uma forma de conhecerem pessoal (nós não conhecemos porque só lá íamos dormir e só ficamos 2 noites em cada sítio). E acima de tudo, respeitem o outro. Só isso.




O Roteiro
Visitar 3 cidades em 3 países diferentes em apenas 7 dias não é fácil e implica abdicar de algumas coisas como o descanso, o sono e fazer escolhas. Depois de definirmos as cidades, sossegamos um pouco. Quando dei por mim, já era véspera de partirmos e nós ainda sem roteiro definido. Como íamos ficar tão pouco tempo em cada cidade, não dava para divagar e os dias tinham que ser muito bem aproveitadinhos. Já tinha apontado os principais pontos turísticos de cada destino, mas sabia bem que era impossível conseguirmos ver tudo e, por isso, há que fazer opções. Tracei uma rota de pontos mais interessantes para nós no Google Maps, medi distâncias, calculei tempos e pareceu-me possível. E foi! Não fomos super rigorosas com nada, na verdade íamos em passeio e mudamos de ideias várias vezes, acrescentamos experiências e retiramos outras. Por exemplo, em Praga, preferimos andar de barco do que subir ao Monte Petrin.

Conselhos:
- Levem a lição estudada de casa e façam um rascunho daquilo que gostavam mesmo de ver, mas não se agarrem demasiado a essa ideia. Sejam flexíveis e vão fazendo aquilo que vos apetecer no momento.
- Prefiram experiências a visitas. Sabem aquela ideia de ir riscando todos os "edifícios e monumentos a não perder"? Bom, isso é giro se realmente for a vossa praia. Eu gostaria muito de ter ido a todos os museus possíveis e imaginários daqueles países - muita arte da escola flamenga para ver, meus senhores! - mas tendo em conta o tempo e o facto de não estar sozinha, fez com que isso ficasse para segundo plano. E não me arrependo absolutamente nada. Preferimos experiências como andar de barco, patinar no gelo, comer a comida típica, beber uma cerveja em frente ao Relógio Astronómico, percorrer lojas, visitar mercados de natal... Do que propriamente entrar nos museus e visitar todos os monumentos possíveis e imaginários que não nos dariam grandes recordações. É encontrar um equilíbrio entre ambas as coisas ;)




A Língua e outros "Problemas"
Em Berlim fala-se alemão, em Praga, checo e em Viena, austríaco. Mas o alemão é mais comum entre estas cidades e o inglês vem várias vezes em segundo ou terceiro plano. Aliás, em Viena tivemos bastante dificuldade em compreender placas, menus em restaurantes e avisos, já que estava tudo em austríaco/alemão. O que fazer nestas situações? Ter sempre o Google Tradutor à mão e, para quem tiver queda para as línguas, ir memorizando como se escrevem e dizem algumas palavras. Nós decoramos rapidamente palavras como praça, rua, aeroporto, entrada, saída, nomes da comida, por favor, obrigada,... Etc. É uma ótima forma de irmos compreendendo a língua. A minha vontade de aprender alemão aumentou a 200%! Não se preocupem com isso, vocês vão ficar habituados a tudo. Quanto a saber para onde ir, nada é melhor que o Google Maps. Dá as indicações direitinhas, diz-nos os horários dos transportes, a estimativa do tempo que demoramos... Não há melhor. Em todo o caso, aconselho sempre a andarem com um mapa da cidade e do metro no bolso, porque nunca se sabe e as tecnologias são incríveis até nos falharem!

Conselhos:
- Não paniquem. Conseguem dar conta do recado mesmo sem serem super especialistas em inglês e muito menos em alemão. Eu penso sempre no seguinte: os nossos emigrantes foram para o estrangeiro, alguns quase sem escolaridade, e conseguiram safar-se bem. Eu também consigo! Se do outro lado não falarem inglês com vocês, não há problema nenhum, todos nós falamos a língua universal, que é a língua dos gestos. Apontem, mostrem imagens do que pretendem... Com boa vontade toda a gente se entende!
- Andem sempre com o mapa no bolso e estudem os percursos. Pesquisem antecipadamente quais são as zonas centrais e as zonas a evitar, se existirem.




A Comida e os Costumes
Já sabemos - se não sabem, deviam saber - que não há melhor comida que a nossa. É um facto. Mas às vezes precisamos de sair daqui para o perceber. O importante é que experimentem. Sem medos, experimentem! Vão a restaurantes típicos, comam a comida regional. Evitem os McDonalds e as outras cadeias de fast food. Conhecer um país também é conhecer a sua gastronomia. Mais importante de tudo, respeitem. Respeitem muito a cultura do sítio que estão a visitar. Se não gostarem da comida, fechem o prato e, se vos perguntarem, não digam que não gostam, digam antes que estão satisfeitos. Não há nada mais feito e triste do que percebermos que os outros não estão a respeitar aquilo que nós temos para oferecer e, por isso, não devemos de fazer o mesmo no estrangeiro. Se querem estar noutro país a fazer, a comer e a ver o mesmo que em Portugal, então não saiam daqui, certo? Sejam humildes, experimentem e keep an open mind! Caso contrário, não faz sentido viajar!




A Mala
Se forem na altura do inverno preparem-se para frio de verdade. Frio como eu nunca senti. Depende de qual for a vossa opção de bagagem. Eu escolhi viajar com o mínimo possível e de mochila às costas porque é mais fácil para me movimentar, para entrar e sair dos transportes... Mas este método também tem desvantagens, como tudo na vida. Levamos o peso todo às costas e a certa altura começam as dores e não cabe tanta roupa como numa mala. Mas para este estilo de viagem, é o método que eu aconselho. Como não podia levar muita roupa, escolhi o casaco mais quente que tinha em casa (e impermeável também) e enchi a mochila com camisolas grossas. Levei umas botas quentes (e rasas, claro), umas sapatilhas e uns chinelos de dedo (para tomar banho). Gorro, luvas e cachecóis são peças OBRIGATÓRIAS. Meias quentes também. Em Viena tive que usar uns collants grossos debaixo das calças de ganga para aguentar o frio.

Conselhos:
- Apostem de verdade nas peças mais quentes que tiverem. Escolham camisolas e calças. Um casaco quente é suficiente para 7 dias. O calçado deve ser o mais confortável que tiverem. Lembrem-se: nestas viagens anda-se muito quilómetro...


Não sei se me estou a esquecer de alguma coisa, mas isto é um resumo de tudo o que precisam de saber para começarem a preparar a vossa viagem. Prometo os posts sobre os destinos mais tarde ;)